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Política Segunda-feira, 26 de Maio de 2025, 08:30 - A | A

Segunda-feira, 26 de Maio de 2025, 08h:30 - A | A

150% ao ano

Empresa cobrava juros abusivos e escondia contratos dos servidores: “Nem agiota cobra juros tão altos”

Wilson Santos cobra investigação e diz que servidores foram enganados por banco falso

Lucione Nazareth & Angelica Gomes/VGN

O deputado estadual Wilson Santos (PSD) denunciou que servidores públicos de Mato Grosso foram vítimas de uma verdadeira armadilha arquitetada pela Capital Consig, empresa suspeita de operar sem autorização do Banco Central. Segundo ele, os empréstimos consignados resultaram em cobranças abusivas, perdas salariais e total falta de transparência nos contratos, conforme denunciado com exclusividade pelo portal , em 2024.

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“Está claro que foi uma armadilha para os servidores. Eles assumiram o pagamento das parcelas sem sequer ter conhecimento dos juros, que, agora sabemos, chegam a 9,10% ao mês. Nem agiotas ou criminosos locais cobram juros tão altos. Isso representa quase 150% ao ano. É um absurdo!”, criticou o parlamentar em entrevista à imprensa na sexta-feira (23.05).

Wilson explicou que os contratos previam, em média, 96 parcelas. O servidor solicitava, por exemplo, R$ 30 mil, mas recebia apenas R$ 15 mil, enquanto os juros incidiam sobre o valor total. “Um clima de terror. Além disso, os servidores não tinham sequer o direito de acessar os contratos; não sabem o que está sendo cobrado nem o que assinaram.”

Para ele, é fundamental investigar quem apresentou essa empresa aos servidores. “Ninguém sabe onde fica a sede da empresa, nem quem são os donos. As primeiras denúncias surgiram há quase dois anos e não foram levadas a sério. Quem está por trás disso? Há indícios de envolvimento de escritórios de advocacia de Mato Grosso e consultorias em São Paulo.”

Wilson também revelou que, quando foi prefeito de Cuiabá, entre 2005 e 2010, já recebeu propostas desse tipo. “Fui procurado várias vezes por esse tipo de ‘banquinho’, pseudobancos que ofereciam ganhos ilícitos e desonestos. Nunca retirei recursos do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal, porque sabia que havia maracutaias. Existe um esquema, com pessoas que desviam dinheiro do contribuinte. Esses banquinhos são mantidos por picaretas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Eles montam esses bancos falsos para saquear servidores e empresários. Isso precisa acabar no Brasil!”, concluiu.

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