O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) se manifestou, nesta quinta-feira (28.05), sobre a ação que o Governo do Estado instaurou contra a Prefeitura após, supostamente, ter sido impedido de fiscalizar os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) de hospitais da Capital, destinados para atendimento exclusivo de pacientes com Covid-19.
Durante transmissão ao vivo realizada nesta manhã, Pinheiro negou as acusações do Governo do Estado e afirmou que a ação ingressada contra o município é “absurda”, “intempestiva”, “inoportuna”, “desproporcional” e tem o objetivo apenas de atrapalhar a Capital no combate à pandemia.
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“É muita leviandade. É muita irresponsabilidade. Eu não entendo o que os move a fazer isso. Devem R$ 60 milhões à Saúde do município de Cuiabá, não pagam. Só Deus, eu e minha equipe sabemos o sacrifício que é tocar a saúde pública da nossa Capital e, além de tudo, ainda querem atrapalhar”, disse.
Segundo Emanuel, o Governo do Estado tem acesso a um plano de prevenção e mitigação à Covid-19 de Cuiabá, onde está descrito o plano de prevenção, assistência e tratamento à doença em todos os leitos de UTI e enfermarias. Ainda, segundo o prefeito, esse mesmo documento foi entregue também ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público Estadual.
Emanuel afirmou ainda que nesta semana convidou os membros da Rede de Controle, composta inclusive pela Controladoria Geral do Estado, para visitar os leitos de UTI e enfermarias disponibilizados pela Capital exclusivamente para pacientes com Covid-19.
O prefeito declarou também que o Governo “quer criar problemas onde não existe”, pensando na eleição municipal prevista para ocorrer este ano.
“Eu não quero politizar esse assunto porque sei que o Governo quer criar problemas que não existem para se satisfazer, para tentar criar um cenário eleitoral inexistente para seus possíveis candidatos. Eu não estou pensando na eleição, nem sei se serei candidato. A minha eleição e o meu adversário é a Covid-19. Eu quero vencer a Covid-19 e proteger a saúde e a vida das pessoas”, disse.
Durante a transmissão, Emanuel sugeriu ainda que o Governo “troque os ataques gratuitos, injustos, as críticas raivosas, inexplicáveis e desproporcionais” por equipamentos, insumos e medicamentos para tratar as pessoas que forem diagnosticadas com a Covid-19.
“Cuiabá mais uma vez é o sustentáculo da estabilidade e do cuidado com a saúde e a vida das pessoas, ajudando muito o Estado. Se o Governo destinasse o tanto de críticas à Cuiabá, se trocasse essas críticas, esses ataques por equipamentos, insumos ou ajuda à população, nós estaríamos em uma situação muito melhor”, concluiu.
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