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Política Sábado, 19 de Outubro de 2019, 23:38 - A | A

Sábado, 19 de Outubro de 2019, 23h:38 - A | A

Live

Eduardo Bolsonaro diz que liderança do PSL não pode ficar com pessoas com "bipolaridade"

Edina Araújo/VG Notícias

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fez uma live na noite deste sábado (19.10), para, segundo ele, explicar o motivo do embate com o PSL, troca de farpas entre deputados no decorrer da semana. “Lamentavelmente, a gente está tendo que passar por tudo isso, mas, também por um lado é positivo porque as máscaras estão caindo e a gente está vendo quem é quem. Quem tem pela frente discurso Bolsonaro e por trás está fazendo outras coisas né!”

Segundo ele, o conflito desencadeou foi após o vídeo que do presidente Jair Bolsonaro gravou com um “rapaz” na saída do Palácio da Alvorada, na terça-feira (08.10), que se apresentou como pré-candidato do PSL em Recife (PE), e em seguida falou ao ouvido “daquele garoto”, mas todo mundo escutou, a questão “esquece o PSL”.

O presidente Bolsonaro já estava pedindo transparência nas contas do partido, o presidente está exigindo do PSL transparência porque está tomando muita pancada pela questão de “candidaturas laranja”.

E, conforme o filho do presidente, uma das maiores repercussões se deu na terça-feira, quando o líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir orientou obstruir a votação da Medida Provisória 886/2019. “Não há relação entre Medida Provisória 886/2019 com Delegado Waldir e o presidente Jair Bolsonaro, mas Waldir levou pra dentro do Plenário esta questão e obstruiu uma pauta do Governo, do Brasil que não tem nada a ver. Se o Delgado Waldir tivesse tido êxito nesta obstrução, a Medida iria caducar, não teria tempo hábil para o Senado votar. É bizarro, isso demonstra total imaturidade do Delegado Waldir que eu apoiei lá no começo do ano”.

Ele disse que o presidente interferiu por ser do PSL. “Não me venha com esse papinho, com essa gargantinha falando ai, o presidente está interferindo no partido, interferindo nada. Ele está fazendo um projeto para o Brasil e o partido dele dentro da Câmara está indo contra o presidente, você acha que ele tem que fazer o quê?” questionou.

Eduardo Bolsonaro indagou: “qual será a próxima Medida Provisória que a gente vai mandar e o PSL vai obstruir? Será que obstruir a questão da Reforma Tributária, a MP da Liberdade Estudantil, a gente não pode ficar diante da quase bipolaridade de uma pessoa, para colocar as pautas do país?”.

De acordo com Eduardo Bolsonaro, os parlamentares do PSL contrários ao presidente, estão com uma narrativa que Bolsonaro está querendo beneficiar o filho. “Que benefício eu ganho entrando neste atrito?”, questionou.

Segundo ele, se reuniu com a bancada do PSL para tirar Waldir da liderança, porém, dois parlamentares não concordaram com o nome que estava sendo colocado, mas concordaram, por unanimidade com seu nome (Eduardo), por entenderem que a liderança estaria em boas mãos. Ainda, segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro não o queria na liderança do PSL na Câmara, "mas diante dos fatos, eu não poderia me acovardar".

Na quarta-feira, ele disse que seu grupo correu atrás e conseguiu as assinaturas, e durante a coletiva de imprensa, adotou “um tom suave, moderado e conciliador”, para tentar por “panos quentes” nesta história, mas não adiantou. “A senhora Joice Hasselmann, líder do Governo na Câmara, contrariando uma ordem do presidente da República, do partido do presidente, o que ela fez, começou a correr atrás para colher assinaturas. Porque para ela, o Delegado Waldir está certo e o presidente da República está errado. Existe alguma possibilidade de confiar nesta pessoa, é obvio que não, o que se faz numa situação dessas, demite da liderança do Governo”.

Joice, disse no facebook que estava deixando a liderança, “mentira”, ela foi “mandada embora”, “cortada à cabeça”, quebrou a confiança do presidente da República, porque estava agindo de maneira contrária ao presidente, “isso não é liderança de Governo, tem que ser a liderança da oposição”.

Na quinta-feira, veio à tona os áudios da reunião do dia anterior, do grupo do Delgado Waldir, “ai é que você cai para trás, até a gente que vive há alguns anos no meio político, vamos dizer assim, que não é um meio muito salubre, às vezes a gente se surpreende, cair para trás na intimidade”.

No aúdio o Delegado Waldir promete implodir o presidente Jair Bolsonaro, a quem o chama de "vagabundo". “Eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele. Eu tenho a gravação. Não tem conversa. Não tem conversa, eu implodo o presidente. Acabou. Acabou o cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu votei nessa p., eu andei no sol em 246 cidades, andei no sol gritando o nome desse vagabundo”, ameaçou Waldir.

O deputado enfatizou que a maioria "esmagadora" dos deputados eleitos pelo PSL não era conhecido, não era da política e, conforme ele, se alguém tivesse que apostar, ninguém asseguraria que essas pessoas seriam eleitas. "Ora, será que não foi à onda Bolsonaro que passou e impulsionou todos eles? Essas pessoas estão ganhando bruto R$ 33 mil, em torno de R$ 35 mil por mês de verba de gabinete, mais em torno de R$ 100 mil para contratação de assessoria. O que mais essas pessoas querem? Essas pessoas que agora falam que foram tratadas iguais cachorros, essas pessoas que não nos atendem em nada. O que mais elas querem? Por que estão se irritando com o presidente Bolsonaro e apoiando o Delegado Waldir", questionou.

O filho do presidente da República questionou a quem esses deputados estão servindo e o porquê de eles terem se virado contra o governo e o próprio Jair Bolsonaro. Segundo ele, muito desses parlamentares passaram a ter a reeleição como "missão número um", em vez de atender aos interesses de seus eleitores.

Na avaliação de Eduardo Bolsonaro, o que "essas pessoas" querem e o que tem sido angariado para conquistar votos para o Delegado Waldir é a promessa de fundo partidário, é a garantia de legenda. "Alguns deputados têm a seguinte teoria: o que aconteceu em 2018 não se repetirá em 2022, logo, precisa do fundo partidário, de emendas do Orçamento, do diretório do PSL, que o presidente permita que eles indiquem cargos dentro das estatais, dentro do governo porque se não eles não se reelegerão".

O deputado finalizou pedindo lealdade e ainda deixou um recado àqueles que dizem que ele e seus irmãos atrapalham o trabalho do Governo. "Ficam falando que os filhos ficam atrapalhando, mas na verdade se alguém quiser puxar minha orelha, eu prefiro que o presidente o faça, e não algumas outras pessoas".

 

 

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