O deputado estadual Wilson Santos (PSD), em entrevista ao , expressou sua preocupação com a situação da segurança pública no Estado de Mato Grosso. Segundo o parlamentar, a segurança no Estado está enfrentando sérias dificuldades diante do avanço do crime organizado, que está expandindo sua presença em todos os municípios, sem exceção.
Para Wilson, é crucial repensar o conceito de segurança no Estado, a fim de evitar situações semelhantes às vivenciadas no Rio de Janeiro, onde facções criminosas e milicianas estão envolvidas em conflitos violentos. “Estou muito preocupado, porque o crescimento é alarmante e a gente vê que o conceito de segurança pública no Estado ainda é um conceito do século passado. Nós precisamos rever isso, abrir esse debate para que a gente possa reagir com competência, com eficiência a esse crescimento do crime organizado em Mato Grosso”, avaliou o parlamentar.
Em relação às homenagens prestadas por pessoas envolvidas no mundo do crime em diversos municípios do Estado, após a morte de um líder de facção, o deputado considerou essa situação preocupante. Segundo ele, as facções estão ganhando influência nas periferias, preenchendo o vácuo deixado pelo Estado nas questões sociais e esportivas.
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Na última terça-feira (24) morreu o preso Rudiney Rodrigues dos Santos, em diversos municípios do Estado houve queima de fogos em homenagem ao líder morto, que havia fugido da Penitenciária Major PM Eldo Sá Corrêa, conhecida como Mata Grande e fraturado costelas ao pular o muro na sexta-feira (20.10).
O deputado enfatizou que o Estado parece estar ausente, e esse espaço está sendo ocupado pelas facções, que conquistam a simpatia dessas comunidades antes de alcançar seus objetivos, como o tráfico de drogas. Santos citou, ainda, o que aconteceu no Equador e também acontece no México, onde o crime organizado chegou a tal ponto que divide o poder político com os Estados institucionais.
"Essa constatação é verídica. Eu tenho sido uma voz solitária, mas vou continuar chamando a atenção das autoridades para reavaliarem o conceito de segurança pública no Estado."
Sobre os recentes casos de morte e suicídio envolvendo policiais militares e civis em Lucas do Rio Verde e São José do Rio Claro, Wilson afirmou que parte da corporação da Polícia Militar e Civil do Estado enfrenta problemas de saúde mental evidentes. Ele argumentou que, devido ao ambiente de alta pressão e ao tipo de trabalho que realizam esses profissionais, estão sujeitos à ansiedade, depressão e outras questões de saúde mental.
"É uma situação normal, dada à natureza de seu trabalho. Eles vivem constantemente sob alto estresse, ansiedade e depressão, o que exige tratamento. Isso é visível a olho nu. O Estado precisa reconhecer isso e tomar medidas para fornecer tratamento o mais rápido possível. Não podemos perder esses profissionais devido à falta de assistência", concluiu o deputado Wilson Santos.
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