A Controladoria Geral do Estado (CGE) instaurou Processo Administrativo contra o ex-secretário adjunto da Secretaria de Transportes e Pavimentação Urbana de Mato Grosso (Setpu), Valdísio Juliano Viriato. Ele é um dos delatores da Operação Sodoma no qual detalhou desviou de R$ 8,1 milhões na gestão do ex-governador Silval Barbosa.
Valdísio Viriato confessou em depoimento na Delegacia Fazendária que participou do esquema, entre o primeiro semestre de 2013 até o final de 2014, que teria causado prejuízo de R$ 8,1 milhões aos cofres do Estado, entre 2011 e 2014, por meio da exigência de propina dos sócios do Auto Posto Marmeleiro e da Saga Comércio e Serviço de Tecnologia e Informática Ltda, Juliano Volpato e Edézio Corrêa. Em troca, os empresários eram favorecidos em contratos com o Estado, cujas licitações eram fraudadas e os valores pagos eram superfaturados em favor das empresas.
Na delegacia, ele contou que o esquema foi montado para quitar dívidas de campanha de 2012 do então candidato a prefeito de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), e seu vice na época, Francisco Faiad (MDB) “através de desvios de combustíveis na Sinfra”.
“Não tratei sobre esse assunto diretamente com Francisco Faiad, contudo essa fraude sempre foi falada tanto por Pedro Elias como por Alaor Alvelos em seu nome, além de ser de conhecimento de todos os envolvidos que se tratava de uma fraude destinada a quitar dívida de campanha de Francisco Faiad e Lúdio Cabral”, diz trecho extraído do depoimento do ex-secretário.
Em despacho publicado no Diário Oficial do Estado (DOC), Controladoria Geral do Estado abriu procedimento contra o delator e caso seja comprovado ilícitos supostamente praticados ele poderá responder judicialmente por crimes de infrações disciplinares dentro do Executivo.
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