O prefeito Abilio Brunini (PL) afirmou, em entrevista à imprensa nessa quarta-feira (07.05), que não haverá feriados prolongados durante os quatro anos de sua gestão. Segundo ele, a iniciativa busca evitar o que considera ser um “privilégio” de uma classe trabalhadora sobre outra.
“O trabalhador da rede pública, durante alguns dias, tem o privilégio de não precisar trabalhar. Eu entendo que muitos profissionais da educação acham que o descanso é merecido — e é. O descanso é merecido tanto para a rede privada quanto para a rede pública. Mas, quando não há esse descanso na rede privada, eu não posso fornecer esse descanso na rede pública. É incoerente tratar o trabalhador do serviço público com privilégios”, afirmou.
O chefe do Executivo também argumentou que é necessário que as crianças estejam na escola enquanto os pais estão trabalhando, reforçando que a realidade da iniciativa privada deve ser refletida na administração pública.
“Se o trabalhador está no trabalho, a criança tem que estar na escola. Se for feriado para todo mundo, será feriado para a escola também. Se não for feriado para todos, não será feriado na escola. Não é possível existir duas classes de trabalhador”, explicou.
Segundo o prefeito, a legislação determina um mínimo de 200 dias letivos, mas não impõe um limite máximo. Ele também destacou que os profissionais da educação recebem por mês trabalhado, e não por dia letivo — o que, segundo ele, inviabiliza o argumento do direito às chamadas “emendas” de feriado.
“Eles recebem o salário do mês de janeiro, fevereiro, março… É por mês que recebem. Então, não faz sentido alegar direito à emenda de feriado. O direito é ao salário mensal”, completou.
A nova diretriz valerá para toda a gestão, de 2025 a 2028. “Essa prática das emendas foi adotada em gestões anteriores, mas não será aplicada durante os nossos quatro anos de governo. Apenas os dias que são feriados oficiais — nacionais ou municipais — serão respeitados. Fora isso, haverá aula e trabalho normalmente”, concluiu o prefeito.
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