"Diretas Já" completou ontem (10.04), 29 anos. Em 1984, um milhão de pessoas se reuniam na Avenida Presidente Vargas, em frente à Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, para participar do comício “Diretas, Já!”. A manifestação tinha como objetivo o reestabelecimento da democracia no país, que no momento entrava em uma forte recessão econômica, com níveis altíssimos de inflação. O descontentamento da população era evidente e a mudança era algo necessário para os brasileiros.
Três anos antes do movimento das “Diretas, Já!”, mais precisamente em junho de 1980, uma pesquisa do IBOPE, realizada com 5.300 eleitores em 15 estados do país, apontava que 85% dos moradores das principais capitais e regiões metropolitanas brasileiras apoiavam a votação direta para presidente, ante 13% que preferiam a votação indireta, na qual os cargos eram preenchidos por nomeação, o que garantia a continuidade do regime militar. Nas cidades do interior, esses índices eram de 81% e 16%, respectivamente.
Em relação à escolha do governador, nas metrópoles, 90% dos moradores defendiam as eleições diretas e 8% as indiretas, enquanto no interior, 85% desejavam escolher diretamente seus representantes e 16% defendiam as eleições indiretas.
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