O líder do prefeito de Cuiabá na Câmara, vereador Luis Cláudio (Progressistas), criticou nesta terça-feira (14.11) o pedido do Gabinete estadual na Saúde Pública de Cuiabá pelo arquivamento da Comissão Parlamentar de Inquérito “CPI dos Indenizatórios” da Casa de Leis. O pedido inclui, ainda, que nenhum servidor da intervenção seja ouvido nas oitivas.
O vereador destacou uma empresa de Goiânia que, em oitiva, alegou atender apenas ao Estado por meio de indenizações, alegando que na capital não há pregão eletrônico. Ele enfatizou que o sistema de indenizações permite a compra de medicamentos a preços elevados, citando um exemplo em que um medicamento foi vendido à intervenção por 43% acima do valor de mercado.
“Pasmem os senhores, aqui na última oitiva, uma empresa de Goiânia disse que só atende o Estado por indenizatório, que aqui não existe pregão eletrônico, para quê? Para comprar barato? Não! O indenizatório é justamente para comprar caro, um medicamento que essa empresa vendeu para intervenção custa 43% acima do mercado”, exaltou o vereador.
Luis Cláudio anunciou que a CPI dos Indenizatórios terá uma nova oitiva na quinta-feira (16) e afirmou que, em caso de ausência, solicitará condução coercitiva. Na próxima sessão, a diretora do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC), Rose Kely Ribeiro Leite de Siqueira, prestará informações à CPI.
“Eles estão pedindo ao desembargador [Orlando Perri] que os convocados para oitiva da CPI dos Indenizatórios não sejam ouvidos. Isso é uma afronta para sociedade. Quando acontece com o município de Cuiabá vem todo mundo, quando é contra o Estado é intocável. Ora, na hora de comprar estava ok, na hora de vir aqui, não quer vir”, criticou o vereador.
Essa é a terceira convocação da diretora Rose Kely, conforme informou o presidente da CPI, vereador sargento Vidal (MDB). Ela será questionada sobre as notas fiscais do medicamento acetilcisteína comprado em grande quantidade. Leia mais: Vereador diz que intervenção distribui erroneamente suplemento alimentar e recomenda: “Registrem BO”
“Foi comprado medicamento acetilcisteína e foi entregue aquele suplemento. É a terceira vez que nós a convocamos. A primeira não compareceu. A segunda ela acionou o Judiciário para não comparecer, porém, não recebeu a liminar e mesmo assim não compareceu. Eu votei pela coercitiva dela na próxima, mas o relator Luis Cláudio pediu mais uma chance para ela. E o membro vereador Ricardo Saad votou com relator. Então, deu mais uma chance para ela, para a próxima quinta-feira, agora às 14 horas. E tem mais um enfermeiro que é para ser ouvido”, destacou.
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