O presidente da CPI, Marcelo Bussiki (PSB) avaliou que o depoimento do ex-governador Silval Barbosa (sem partido), prestado à Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI do Paletó -, nesta sexta-feira (23.02), contribuiu significativamente com a investigação.
Bussiki ressaltou que os depoimentos do ex-governador e do o ex-chefe de gabinete, Sílvio César Correa Araújo, no último dia 16 de fevereiro, esgotaram os argumentos da defesa, de que o dinheiro recebido pelo então deputado estadual, atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), era referente ao pagamento de uma pesquisa encomendada ao Instituto Mark, de propriedade do irmão do prefeito, Marco Polo Pinheiro, o Popó.
"O Silvio veio aqui. Hoje o ex-governador Silval Barbosa esclareceu esses pontos, Silval disse que os deputados teriam o extorquido, falou sobre os pagamentos de propina, dinheiro fruto de corrupção, então, precisa que o prefeito Emanuel venha esclarecer. Ninguém melhor que ele para trazer as explicações, porque está sendo esgotado essas questões de pesquisas”, destacou Bussiki.
Segundo ele, a CPI que apura a suposta quebra de decoro e obstrução da Justiça por parte do prefeito de Cuiabá, precisa do posicionamento de Emanuel e do seu irmão, com documentos que comprovem suas versões.
“Ele tem que vir prestar esclarecimento, bem como o seu irmão o Popó, então, a gente ouviu um lado, merece ouvir o outro também, as respostas do prefeito e do seu irmão também. Os depoentes estão sendo bem claros nos autos da delação, no vídeo, que esses recebimentos têm origem de extorsão, igual ao ex-governador falou, foi em fila indiana, então é necessário trazer documentos que comprovem se seriam ou não de pesquisas”, pontuou.
Outro ponto abordado no depoimento do ex-governador também poderá ser investigado na CPI, como a questão do “mensalinho”, na qual, Silval confessou que pagava R$ 15 milhões a mais por ano para a Assembleia Legislativa, referente suposta “chantagem” relacionada à Mesa Diretora.
“A CPI- o objeto dela é o suposto recebimento ilícito de valores, ferindo os princípios da administração, podendo configurar a quebra do decoro, então, insere sim no objeto da CPI, e é isso que a gente vai querer explorar melhor para esse tema, mais detalhes relacionados ao mensalinho.”
Sobre a declaração de Silval, dizendo que o deputado estadual Adalto de Freitas (SD), o “Daltinho”, teria gravado reunião do Colégio de Líderes da Assembleia, para chantagear os membros da Mesa Diretora, Bussiki afirmou que o requerimento solicitando que o mesmo preste depoimento será analisado e deliberado na sessão de quarta-feira (28), junto com outros requerimentos, incluindo a solicitação do depoimento do ex-presidente da Assembleia José Riva.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).