O embate político em torno do Projeto de Lei n.º 1363/2023, proposto pelo governador Mauro Mendes (União), que proíbe pesca por cinco anos nos rios de Mato Grosso ganha cada vez mais intensidade, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT).
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O presidente da Casa, deputado Eduardo Botelho (União), revelou em entrevista ao , que o posicionamento da equipe técnica e política do Ministério da Pesca e Aquicultura está causando um ‘verdadeiro rebuliço’ entre os parlamentares, podendo até mesmo fazer com que alguns deputados mudem de voto.
Wilson Santos (PSD), um dos defensores ferrenhos dos pescadores, expressou entusiasmo com o apoio do Ministério da Pesca, afirmando que a equipe técnica e política concordam que a pesca profissional continuará existindo em Mato Grosso. Essa união de forças fortalece ainda mais a posição contrária ao projeto de proibição.
Segundo Botelho, após a aprovação em primeira votação, quatorze deputado mantém o posicionamento inicial e seguem o governador Mauro Mendes na busca pela aprovação do projeto em segunda votação, cuja data ainda não está definida. O presidente da AL/MT estabeleceu um prazo para que os parlamentares analisem os acontecimentos antes de votarem, o que tem gerado grande expectativa.
Mesmo sendo da base do governo, Botelho deixou claro que continua se opondo ao projeto e ressaltou que nenhum deputado o procurou para comunicar uma mudança de voto, apesar do pronunciamento do Ministério da Pesca e Aquicultura. No entanto, ele reconheceu que os votos podem sofrer alterações até o momento da votação, mantendo uma dose de suspense no ar.
Indagado se havia conversado pessoalmente com o governador Mendes sobre o assunto, desde que reassumiu a Presidência da AL/MT, Botelho foi direto ao afirmar que não tratou do assunto pessoalmente, principalmente porque suas posições diferem significativamente.
Sobre os substitutivos em discussão para aprimorar o projeto, Botelho enfatizou que estão, de fato, trabalhando nessa questão. Para ele, caso o projeto seja aprovado, é importante a inclusão de melhorias significativas.
O deputado criticou a versão atual do projeto, afirmando que se aprovado sem alterações, seria prejudicial e insatisfatório. Ele destacou a importância de considerar os efeitos sobre os pescadores, toda a cadeia produtiva da pesca e aqueles que dependem da venda de equipamentos e iscas.
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