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Política Terça-feira, 02 de Dezembro de 2014, 09:14 - A | A

Terça-feira, 02 de Dezembro de 2014, 09h:14 - A | A

Fraudes em Licitação

“Acredito que não serei cassado por conta dessa investigação” afirma Walace sobre operação Camaleão

O prefeito afirmou que não está acompanhando as investigações do Gaeco, já que segundo ele, o procedimento investigativo deve ser realizado com “tranquilidade”, pelos órgãos fiscalizadores, para apurar se houve ou não as irregularidades conforme denuncia

por Lucione Nazareth/VG Notícias

O prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB) afirmou nessa segunda-feira (01.12), que não será cassado por conta das investigações do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) sobre supostas fraudes em contratos e licitações da Prefeitura.

“Eu não vejo motivo para isso. Acredito que não vão me cassar por hipótese alguma relacionada a essa investigação. Estão tentando me cassar por uma ação do TRE, ação essa proposta por pessoas que não aceitaram a derrota no processo eleitoral”, disse o gestor.

O prefeito afirmou que não está acompanhando as investigações do Gaeco, já que segundo ele, o procedimento investigativo deve ser realizado com “tranquilidade”, pelos órgãos fiscalizadores, para apurar se houve ou não as irregularidades conforme denunciado.

O peemedebista declarou ainda que não foi convocado para prestar informações sobre as denúncias. “Ainda não fui convocado. Vamos dar todas as informações necessárias para o Gaeco e o MPE no momento em que formos chamados, até então está no processo investigativo. Além disso, quero deixar claro que aqueles que forem apontados como autores das irregularidades responderão pelos seus atos”, encerrou Walace.

Entenda - O Gaeco investiga fraudes no processo licitatório e na execução do contrato entre a Prefeitura e a Construtora Carneiro & Carvalho, no valor de mais de R$ 10 milhões para reforma e manutenção dos prédios públicos do município.

Conforme denunciado com exclusividade pelo VG Notícias, seis meses antes de vencer o certame a empresa fez uma alteração contratual, deixou de vender sapatos para virar construtora.

Do valor total do contrato (R$ 10 milhões), R$ 4 milhões já haviam sido repassado a Carneiro & Carvalho -, o restante do pagamento foi suspenso após o Tribunal de Contas do Estado aprovar uma medida cautelar suspendendo os pagamentos e contratos da empresa com o município.

Conforme o Gaeco, as fraudes eram realizadas desde a habilitação da licitação, onde atestados eram falsificados para que empresas participassem do certame e depois “consagrasse” vencedora. Outro tipo de fraude acontecia na execução dos contratos quando as empresas recebiam sem executar todo o serviço a qual era contratada para realizar.

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