Patrick de Oliveira Cabral, 22 anos, conhecido como “Cabralzinho” foi preso no bairro Parque do Lago, em Várzea Grande, pela Polícia Judiciária Civil (PJC) na tarde de segunda-feira (17.12). Ele é apontado como um dos participantes da chacina que resultou na morte de quatro pessoas em Várzea Grande no mês de outubro deste ano.
Outras três pessoas também tiveram participação identificada: Thalyson Thiago Taborda Oliveira, preso em flagrante na data do ocorrido, e os suspeitos, Donato Silva Nascimento, conhecido como “Netinho” e Luiz Fernando de Oliveira Caetano Moreira, o “Dumbo”, que ainda estão foragidos.
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Os dois crimes resultaram na morte de quatro pessoas ocorreram no dia três de outubro, nos bairros Água Limpa e Carrapicho, em Várzea Grande.
O primeiro caso ocorreu por volta das 07h, quando homens armados e encapuzados invadiram uma residência no bairro Água Limpa e efetuaram vários disparos de arma de fogo contra quatro vítimas que estavam dormindo.
Os disparos foram a queima roupa, sem qualquer chance de defesa para as vítimas. Na ocasião, Leandro Luiz de Oliveira e Felipe Melo dos Santos morreram na hora. Os outros dois homens foram feridos, mas sobreviveram.
Cerca de duas horas depois do crime, duas adolescentes (de 13 e 14 anos) foram encontradas mortas na beira do rio Cuiabá, no bairro Carrapicho. Elas estavam com as mãos amarradas, com sinais de tortura e lesões decorrentes de disparos de arma de fogo na cabeça. Pouco tempo após o crime, um vídeo em que as duas adolescentes apareciam amarradas sendo torturadas e executadas foi divulgado nas redes sociais.
No decorrer das investigações, coordenadas pelo delegado da DHPP, Frederico Murta, foi constatado que os crimes tinham ligação e que as situações estavam relacionadas com uma disputa entre membros de facções criminosas rivais. De acordo com as apurações, algumas semanas antes dos crimes, os quatro homens que foram vítimas do bando teriam atentado contra a vida de outros membros da facção rival, na cidade de Tangará da Serra.
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“Após o atentado, esses criminosos fugiram para Várzea Grande. Um dia antes da chacina, o grupo rival localizou as duas garotas e as sequestram. As adolescentes foram mantidas em cárcere privado e obrigadas a apontar onde estariam os rivais. Após a localização da casa e execução do crime, as menores foram assassinadas e jogadas no rio”, explicou o delegado.
Em interrogatório, Patrick negou envolvimento no crime e optou por se manter em silêncio. O suspeito foi encaminhado à Penitenciária Central do Estado, e permanecerá à disposição da Justiça.
“O inquérito policial encontra-se em fase de conclusão e ao final, os envolvidos responderão por diversos crimes, dentre eles homicídios e tentativas de homicídio, sequestro, tortura, além do indiciamento por integrarem organização criminosa”, esclareceu Frederico Murta.
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