Impulsionado pela queda histórica da taxa de desemprego e pelo aumento da renda da população, o comércio brasileiro deve faturar R$ 7,84 bilhões no Dia dos Pais deste ano. A projeção é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nessa quarta-feira (31.07). Se confirmada, a cifra será 3,2% maior que a registrada em 2024, quando o faturamento foi de R$ 7,59 bilhões.
De acordo com a CNC, a taxa de desocupação atingiu 6,2% no trimestre encerrado em maio — o menor patamar dos últimos 13 anos, segundo dados da PNAD Contínua, do IBGE. Além disso, a massa real de rendimentos cresceu 5,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse cenário, segundo a entidade, estimula o consumo em datas comemorativas.
O Dia dos Pais é a quarta data mais importante para o varejo brasileiro, atrás apenas do Natal, Dia das Mães e Dia dos Namorados.
As lojas de vestuário devem puxar o faturamento, com expectativa de R$ 3,23 bilhões em vendas. Na sequência, aparecem os setores de perfumaria e cosméticos (R$ 1,57 bilhão) e utilidades domésticas (R$ 1,26 bilhão). Juntos, esses três segmentos devem representar 77% do total de vendas relacionadas à data.
A CNC projeta ainda que os preços em geral devem subir 5% em 2025, enquanto os itens mais procurados no Dia dos Pais devem registrar alta média de 5,8% no IPCA. Entre os produtos com previsão de queda estão televisores (-1%), bebidas alcoólicas (-1,3%) e aparelhos telefônicos (-1,5%). Por outro lado, os maiores aumentos devem ocorrer em alimentação fora de casa (+8,2%), livros (+6%) e perfumes (+5,5%).
Com a expectativa de aumento na demanda, o varejo deve abrir 11,53 mil vagas temporárias, o maior número para a data em 12 anos. A maioria das contratações deve ocorrer em hiper e supermercados (5,2 mil), lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (2,01 mil) e no setor de vestuário (1,93 mil).
O salário médio de admissão está projetado em R$ 1.890, avanço nominal de 5,5% em relação ao ano passado. A taxa de efetivação após o período também é a maior desde 2021, 15% dos temporários devem ser mantidos após o fim da data comemorativa.
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