A Associação de Empreendedores Criativos de Mato Grosso inaugurou, na noite dessa terça-feira (29.07), a sede oficial da instituição no bairro Nova Várzea Grande. Totalmente reformado, o espaço passa a funcionar como um centro cultural aberto à comunidade, com ambientes voltados à valorização da arte, da cultura popular e da economia criativa do Estado.
Cada cômodo da sede recebeu o nome de um artista mato-grossense como forma de homenagem. Logo na entrada, há um painel assinado pelo artista Régis Gomes, que retrata símbolos tradicionais de Várzea Grande, como a rede, a viola de cocho, o ganzá e a Ponte Sérgio Motta. No centro da obra, destaca-se a figura do mestre Nezinho, da comunidade quilombola de Mata Cavalo.
Entre os principais ambientes da casa estão a galeria Adir Sodré, dedicada a exposições artísticas; o espaço multiúso Paulo Medina, que atualmente apresenta telas do espetáculo do artista homenageado; e o bazar criativo Seu Caetano, que reúne peças artesanais produzidas por artistas de Várzea Grande, Cuiabá e Tangará da Serra. SEO Caetano foi um dos maiores construtores de viola de cocho e canoas da região.
O espaço conta ainda com o ponto de leitura Professora Marlene Pará-bá, cujo acervo foi organizado pela Sociedade Mato-grossense de Apoio à Biblioteca. A homenagem leva o nome da mãe do idealizador do projeto. A sede abriga também dois ateliês, o ateliê Agnaldo Borges, voltado à pintura popular, e o ateliê Jonas Santos, dedicado à construção de instrumentos musicais, além de um escritório criativo.
A exposição de abertura reúne obras de artistas como Mauro Pedroso, Cássio Wilker, Pedro Henrique, entre outros nomes do cenário estadual. Uma das atrações é a instalação Sucata Musical, construída a partir de materiais reutilizados de oficinas e montada em formato de robô.
A sede também passa a abrigar oficialmente o ponto de cultura Anjos da Lata e terá programação voltada à comunidade. Até a próxima semana, a visitação estará aberta ao público. Posteriormente, serão realizadas visitas monitoradas com escolas, saraus, cafés literários e cursos de qualificação voltados à produção cultural.
A iniciativa conta com o apoio de instituições como Fundação André e Lúcia Maggi (FALME), Instituto Inca, Fundação Abrinq, Instituto Mato-grossense das Mulheres Negras (Imune), Casa das Pretas, Instituto Jejé de Oyá, Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Várzea Grande, Comitê Estadual de Cultura (MinC), entre outros parceiros. Grande parte da mobília foi produzida com materiais reaproveitados, como paletes e restos de construção, coletados ou doados por instituições colaboradoras.
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