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Cidades Domingo, 28 de Setembro de 2025, 12:10 - A | A

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Denúncia pública

Ativista cobra rampas e denuncia descaso em VG: “Não queremos esmola. Queremos que cumpra a lei”

Ativista criticou descaso do poder público com pessoas com deficiências

Nicolle Ribeiro/VGN

A ativista Angela Maria Santana, referência na luta em defesa das pessoas com deficiência, fez um duro desabafo durante audiência pública na Câmara Municipal de Vereadores nessa sexta-feira (26.09) sobre a falta de acessibilidade no centro de Várzea Grande.

Segundo ela, a Lei nº 10.098, que prevê normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade, não vem sendo cumprida no município.

“É uma vergonha ver que no centro de Várzea Grande praticamente nenhuma loja tem acessibilidade. Há ruas com rampas para subir, mas que não têm rampa para descer. E aí como faz? Temos que voltar todo o caminho, correndo risco de vida ao lado dos carros”, criticou.

Angela relatou as dificuldades enfrentadas diariamente por cadeirantes e pessoas com deficiência visual, destacando que o trajeto para chegar a uma simples loja pode se tornar arriscado e exaustivo.

“Já se passaram nove meses de gestão e ainda não foi construída uma rampa sequer no centro da cidade. Nós não queremos ajuda ou esmola. Estamos exigindo apenas o cumprimento da lei”, afirmou.

A ativista também questionou a emissão de alvarás de funcionamento sem que os estabelecimentos estejam adequados às normas de acessibilidade. “Recentemente vi pelo menos três novas lojas inauguradas no centro, todas sem acessibilidade. Será que nós, pessoas com deficiência, não temos direito de fazer nossas compras, de ter autonomia para entrar em uma loja?”, indagou.

Ela lembrou que o problema não é exclusivo dos comerciantes, mas também do poder público. “Não adianta os lojistas cumprirem sua parte se o poder público não faz rampas para garantir o acesso. Sinto vergonha do município de Várzea Grande pela falta de acessibilidade, que simplesmente não existe”, declarou.

Angela ainda criticou a situação da saúde e da educação no município, afirmando que as fotos de inaugurações e eventos não refletem a realidade enfrentada pelas pessoas com deficiência.

A ativista encerrou com um apelo aos vereadores: “Peço que apresentem um projeto de lei para que nenhuma empresa consiga o alvará sem acessibilidade. Também pedimos a construção de rampas, porque nossas cadeiras de rodas vivem quebrando ao descer degraus. Muitas pessoas caem e se machucam. Precisamos de soluções concretas”.

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