Preso desde 07 de agosto no Centro de Custódia de Cuiabá, por supostamente ser lobista em esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa do Estado (AL/MT), o advogado Júlio César Domingues Rodrigues, em carta formulada de próprio cunho, e remetida a juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Santos Arruda, afirma que pistoleiros estão vindo de São Paulo para executá-lo.
De acordo com o teor da “carta”, anexada aos autos, o advogado teria recebido a informação “privilegiada” da inteligência do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), sobre a suposta vinda dos pistoleiros. Com medo, Rodrigues pede reforço em sua proteção.
A juíza pediu para que o GAECO se manifeste, confirmando ou não a informação, em um prazo de 24 horas.
No entanto, independente da resposta do órgão, a magistrada destacou que “ao Estado cabe a custódia das pessoas presas, as quais têm seus direitos fundamentais preservados, especialmente à vida e à integridade física” e por isso pediu para a diretoria da unidade prisional ser alertada e manter estrita vigilância.
“Portanto, havendo temor do advogado neste sentido, comunique-se a Diretoria da unidade prisional em que está custodiado, recomendando que mantenha estrita vigilância e cuidado necessários para que a vida e a integridade física do custodiado não restem violadas. O ofício deverá ser encaminhado ainda hoje” destacou a magistrada.
O caso – O advogado Júlio César Domingues Rodrigues, foi preso em São Paulo, denunciado na “Operação Ventríloquo”. Ele estava foragido desde 1º de julho, quando a operação foi deflagrada.
Além dele, também foram denunciados o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva, Luiz Marcio Bastos Pommot e Anderson Flavio de Godoi. Os quatro respondem pelos crimes de peculato, constituição de organização criminosa e lavagem de capitais.
De acordo com a denúncia, “no período compreendido entre os anos de 2013 e 2014 os investigados juntamente com parlamentares estaduais constituíram uma organização criminosa estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas com um único objetivo: saquear os cofres da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso”. O esquema envolveu a quitação de valores de um seguro contratado pela Assembleia Legislativa, na década de 90, junto ao antigo Bamerindus Companhia de Seguros.
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