por Edina Araújo*
Em uma sociedade democrática, espera-se que os governantes atuem como estadistas, representando o bem-estar de todos os cidadãos, independentemente de suas crenças políticas ou filiações. No entanto, há momentos em que essa visão de liderança é desafiada, e a pequenez de um governo se manifesta de maneira preocupante. Um exemplo notável é quando um governo usa os recursos públicos não para promover o bem comum, mas para perseguir aqueles que são considerados "amigos" de seus "inimigos".
No cenário atual, é evidente que em algumas democracias, líderes eleitos optam por adotar uma abordagem que coloca em risco os princípios democráticos em nome de interesses partidários. Uma dessas táticas é a perseguição de indivíduos, grupos ou mídia que não estejam alinhados com a agenda do governo, criando um ambiente de temor e repressão.
Um aspecto preocupante dessa pequenez é observado quando até mesmo funcionários de veículos de comunicação são alvo de retaliação por expressarem opiniões pessoais, mesmo que não estejam vinculados ao nome da publicação. A liberdade de expressão é um pilar fundamental da democracia, e quando essa liberdade é cerceada, estamos em perigo de perder uma parte vital de nosso sistema democrático.
Esse comportamento autoritário revela uma tendência preocupante em direção ao despotismo, onde o governo age como se estivesse acima das leis e acima da necessidade de prestar contas ao povo. Em vez de liderar com empatia, responsabilidade e visão de futuro, esses líderes escolhem um caminho mais estreito, onde a intolerância e a perseguição prevalecem.
É importante lembrar que uma democracia saudável é aquela em que o governo é um representante de todos os cidadãos, independentemente de suas afiliações políticas. Um verdadeiro estadista busca unir, não dividir; busca promover a liberdade, não restringi-la. A pequenez de um governo que usa recursos públicos para perseguir seus opositores representa uma traição à confiança do povo e uma ameaça à democracia que todos valorizamos.
Em tempos de incerteza, é imperativo que os cidadãos permaneçam vigilantes e reafirmem os princípios democráticos que sustentam nossas sociedades. Devemos rejeitar qualquer tentativa de enfraquecer a liberdade de expressão e responsabilizar os líderes que optam pela perseguição em vez da unidade.
A verdadeira força de um governo está em sua capacidade de representar e servir a todos os cidadãos, independentemente de suas opiniões políticas ou pessoais, e é nisso que devemos insistir como guardiões de nossa democracia.
Por isso, há um clamor para que o "guardião" da sociedade, o Ministério Público, esteje atento a este tipo de comportamento da pequenez de governantes, que usam o dinheiro público como se fosse recursos pessoais, pensam que podem fazer o que bem entendem, e esquecem o que diz o artigo 37 da Constituição Federal: "A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade".
*Edina Araújo, jornalista e diretora do VGNOTICIAS
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