A Procuradoria-Geral da República (PGR) identificou possível falsidade no bilhete aéreo apresentado pela defesa do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro Anderson Torres, que teria viajado ao exterior em 06 de janeiro de 2023, às vésperas dos atos violentos ocorridos em Brasília.
Enquanto a defesa apresentou apenas um print de uma passagem supostamente emitida em novembro de 2022, a companhia aérea Gol Linhas Aéreas informou que o código do bilhete e o voo não correspondem a nenhuma reserva no nome do acusado.
“Instada pela PGR, a companhia Gol Linhas Aéreas S.A. informou que o localizador MYIDST não condiz com os dados descritos em nome de Anderson Gustavo Torres e que não identificou voos, no trecho Brasília/Orlando, voo G3-9460, em nome do acusado”, diz trecho das alegações apresentadas pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco.
Conforme ele, essa constatação coloca em dúvida a versão de que a viagem teria sido programada com antecedência e indica uma estratégia para justificar seu afastamento durante os ataques.
Além disso, Paulo Gonet destacou que não há comprovação de que o governador do Distrito Federal na época, Ibaneis Rocha, tenha sido informado previamente da viagem, fato confirmado pela quebra de confiança que levou à exoneração de Anderson Torres.
O procurador denunciou Anderson pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e outros delitos relacionados aos atos de 8 de janeiro.
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