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VGN AGRO Sexta-feira, 25 de Julho de 2025, 14:41 - A | A

Sexta-feira, 25 de Julho de 2025, 14h:41 - A | A

Hortelã do Mato e Tapera Velha

Pesquisadores de MT estudam alternativa natural a agrotóxicos

Testes buscam encontrar compostos que possam substituir os herbicidas sintéticos

Redação/VGNAgro

Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estão desenvolvendo um estudo para criar alternativas naturais para o controle de plantas daninhas na agricultura. 

A pesquisa foca em espécies do gênero Hyptis, também conhecidas como Hortelã do Mato e Tapera Velha, muito utilizadas na medicina popular. Cientistas estão testando extratos dessas plantas para avaliar o potencial alelopático – fenômeno em que uma planta libera compostos que inibem o crescimento de outras ao seu redor – como uma forma de bio-herbicida.

Os testes buscam encontrar compostos que possam substituir os herbicidas sintéticos, considerados um dos principais problemas ambientais da agricultura moderna. O uso excessivo desses produtos tem contribuído para o surgimento de ervas daninhas resistentes, além de causar riscos de contaminação do solo, da água e da saúde humana e animal.

O projeto já identificou resultados promissores. Um dos extratos, da espécie Hyptis brevipes, apresentou forte ação herbicida contra plantas do gênero Amaranthus, que estão entre as mais difíceis de controlar nas lavouras de milho, soja e algodão. O extrato conseguiu reduzir em mais de 50% a fotossíntese das plantas daninhas, bloqueando o funcionamento do fotossistema II – etapa fundamental para a produção de energia pelas folhas.

A análise química apontou que compostos como terpenoides e flavonoides são os responsáveis pela ação. A identificação foi feita por meio de técnicas avançadas, como cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas.

Foram coletadas cinco espécies de Hyptis nas regiões de Cuiabá, Poconé e Santo Antônio do Leverger: H. suaveolens, H. crenata, H. brevipes, H. campestris e H. saxatilis. No entanto, apenas a H. brevipes demonstrou resultados consistentes nos testes.

Além de avaliar a eficácia, os pesquisadores também analisam a toxicidade dos extratos para garantir a segurança de seu uso em lavouras, sem riscos para o meio ambiente, seres humanos e animais.

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