O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) negou nesta quarta-feira (22.05), a distribuição de testes vencidos para detecção da gripe aviária, após rumores circularem sobre suposta irregularidade na condução das ações de prevenção da doença no país.
Segundo a pasta, os materiais em questão possuíam validade próxima ao fim de maio e junho de 2025 e foram oferecidos aos estados no início do ano, com orientação clara de que seu uso deveria ser imediato.
A medida, conforme explicou o Mapa, não representou uma obrigação institucional, mas sim uma ação emergencial com o objetivo de apoiar os Serviços Veterinários Estaduais em situações de eventual necessidade. A maioria dos estados, no entanto, recusou os materiais por precaução diante da proximidade da validade.
Os testes — que incluem swabs, meios de transporte de amostras e produtos para desinfecção — foram adquiridos em 2023 como parte de uma estratégia preventiva do governo federal, diante do avanço global da influenza aviária. O fornecimento dos lotes foi feito de forma parcelada nos dois últimos anos, compondo um estoque de segurança para situações emergenciais.
Além da negativa sobre os testes vencidos, o Mapa também informou que foi concluída a desinfecção da área afetada por um foco da doença em Montenegro (RS), onde um matrizeiro de aves comerciais havia registrado contaminação. Com isso, iniciou-se nesta quinta-feira (22) o chamado “vazio sanitário”, um período de 28 dias sem novas infecções.
Caso o prazo seja cumprido sem registros adicionais, o Brasil poderá se autodeclarar livre da doença naquela região, conforme os protocolos internacionais.
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