A forte onda de frio que atingiu o centro-sul do Brasil nesta semana derrubou as temperaturas e provocou um agravamento da seca em Mato Grosso. Na quarta-feira (09.07), o Estado registrou alguns dos menores índices de umidade relativa do ar do país, com destaque para Cuiabá, onde os níveis chegaram a apenas 21%, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Em São José do Rio Claro, no interior do Estado, a situação foi ainda mais crítica: a umidade caiu para 19%, colocando o município entre os que apresentaram ar mais seco em todo o território nacional. O cenário acende um alerta para os riscos à saúde, já que níveis abaixo de 30% configuram estado de atenção, enquanto índices entre 11% e 20% são classificados como estado de alerta.
Além de Mato Grosso, outras 14 unidades da federação e o Distrito Federal também registraram índices iguais ou inferiores a 30%, incluindo regiões de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e o sul da Região Norte.
Tempo seco continua no estado
A previsão para os próximos dias em Mato Grosso é de manutenção do ar seco, com possibilidade de novos registros abaixo de 20%, principalmente no interior. A falta de chuvas, típica do inverno na região, contribui para a queda da umidade, especialmente durante as horas mais quentes do dia.
Segundo os meteorologistas, a massa de ar seco deve persistir até pelo menos o fim da primeira quinzena de julho. A expectativa de chuva se restringe a áreas próximas ao litoral e ao extremo norte do país, sem impacto em Mato Grosso.
Riscos à saúde com baixa umidade
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nível ideal de umidade relativa do ar para a saúde humana é em torno de 60%. Quando o índice cai abaixo de 30%, as mucosas nasais e da garganta tendem a ressecar, facilitando infecções respiratórias e agravando quadros de doenças como asma, rinite e bronquite.
O ar seco também aumenta a sobrevivência de vírus e bactérias no ambiente, além de potencializar o risco de queimadas em áreas rurais e urbanas, um problema recorrente nesta época em Mato Grosso.
Inverno seco é marca registrada no Estado
Durante o inverno, é comum que cidades mato-grossenses enfrentem dias com umidade muito baixa, em razão da estiagem prolongada. Mesmo com a chegada de frentes frias, o fenômeno nem sempre vem acompanhado de chuva — muitas vezes, o que se observa é apenas o aumento da nebulosidade.
Enquanto a chuva não volta, o cuidado com a hidratação, a saúde respiratória e o uso consciente de fontes de calor, como queimadas e fogueiras, são essenciais para evitar complicações.
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