A Embrapa Pecuária Sul, em Bagé (RS), deu um salto em inovação com a chegada de novos equipamentos e melhorias em sua infraestrutura. Os recursos, oriundos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do programa Recupera Rural RS, fortalecem a atuação da unidade em pesquisas laboratoriais e de campo, com foco na sustentabilidade da pecuária.
Segundo a analista Citieli Giongo, supervisora do Setor de Gestão de Laboratórios, os novos aparelhos aumentam a precisão das análises e reduzem o tempo de processamento. “Elevamos nossa capacidade analítica, o que impacta diretamente a qualidade dos estudos e beneficia projetos voltados à produção agropecuária sustentável”, afirma.
Entre os principais equipamentos adquiridos estão o Cromatógrafo Líquido de Ultra-Alta Eficiência (UHPLC), que permite análises rápidas e detalhadas de alimentos e amostras clínicas; espectrofotômetro UV-Visível com sistema de aspiração automática, que garante mais agilidade nos resultados; além de concentradores, extratores e sistemas de purificação de água.
No campo, os avanços também são significativos. O analista Álvaro Neto destaca que a nova estrutura facilita experimentos com diferentes raças bovinas. “Equipamentos como o vagão forrageiro vertical otimizam a preparação de dietas nas provas de eficiência alimentar e emissão de gases, reduzindo mão de obra e aumentando a precisão”, explica.
A unidade também incorporou tecnologia de sensoriamento remoto com drones e sensores Lidar. Para o pesquisador José Pedro Trindade, isso representa um avanço no monitoramento de ecossistemas e na adoção de práticas sustentáveis. “Conseguimos mapear com mais precisão áreas produtivas e acompanhar sua recuperação”, destaca.
Os investimentos fazem parte de uma estratégia nacional para modernizar centros de pesquisa da Embrapa. De acordo com a chefe-adjunta de Administração, Estefanía Damboriarena, a iniciativa busca recuperar anos de defasagem. “Estamos priorizando automação e eficiência para garantir mais qualidade nos resultados científicos”, diz.
O programa Recupera Rural RS também tem papel central na recomposição do setor agropecuário gaúcho após as enchentes de 2024. A proposta é apoiar a retomada produtiva e a adoção de soluções resilientes diante das mudanças climáticas.
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