Mesmo com a alta da taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 15% ao ano, o maior nível em anos, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está fazendo um esforço para garantir que os produtores rurais continuem tendo acesso a linhas de crédito com juros mais baixos. A estratégia adotada é a chamada equalização dos juros, um mecanismo que ajuda a bancar parte do custo dos financiamentos.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, explicou nesta terça-feira (1º.07) que, apesar das dificuldades financeiras e do cenário econômico mais restrito, o governo absorveu o aumento dos juros para que o Plano Safra - programa que financia a agricultura familiar e os produtores em geral - continuasse estimulante e acessível.
“Mesmo com a Selic subindo de 10,5% para 15%, o aumento nas taxas de juros para os produtores ficou entre 1,5% e 2%. Isso foi possível porque o governo equalizou parte do custo, ajudando a segurar os juros para que o crédito continue chegando ao campo,” disse Fávaro.
Segundo ele, esse esforço é fundamental para manter a produção agrícola do país em crescimento, garantindo desde o custeio da safra até investimentos em tecnologias e equipamentos.
Fávaro destacou ainda que o Plano Safra recorde de mais de R$ 516 bilhões reforça a aposta no setor agrícola, que é peça-chave para o crescimento da economia brasileira, geração de empregos e controle da inflação.
Além disso, o crédito rural acessível é essencial para que os produtores superem desafios como mudanças climáticas e variações de mercado, fortalecendo a sustentabilidade do campo.
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