O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (30.06) o novo Plano Safra da Agricultura Familiar para o ciclo 2025/2026, com recursos recordes: R$ 89 bilhões para financiar pequenos produtores em todo o país.
O valor é maior que o do ano passado, quando foram destinados R$ 76 bilhões para o setor. Só o crédito rural dentro do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) vai contar com R$ 78,2 bilhões, com juros entre 0,5% e 8% ao ano, dependendo da linha escolhida.
Além do crédito, o Plano inclui recursos para políticas de compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica e garantia de preço mínimo para a produção.
Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, Lula comemorou a ampliação do programa e destacou o juro baixo como diferencial para os pequenos produtores. “Uma taxa de juro de 3% num país com inflação de 5% é menos do que juro zero”, explicou.
Lula também defendeu o incentivo à mecanização no campo como forma de melhorar a produtividade e a vida dos agricultores familiares. Segundo ele, programas como o Mais Alimentos, criado em 2008, ajudaram até a salvar a indústria de máquinas agrícolas em momentos de crise.
Além do Pronaf, o Plano Safra inclui recursos para outros programas importantes:
Garantia-Safra: R$ 1,1 bilhão
Proagro Mais: R$ 5,7 bilhões
Compras Públicas: R$ 3,7 bilhões
Ater (Assistência Técnica e Extensão Rural): R$ 240 milhões
PGPM-BIO (Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade): R$ 42,2 milhões
Os juros para custeio de alimentos básicos como arroz, feijão, frutas, verduras, ovos e leite são de 3% ao ano, mas podem cair para 2% quando a produção for orgânica ou agroecológica.
No caso de investimentos em máquinas e equipamentos:
Até R$ 100 mil: juros de 2,5% ao ano para famílias com renda de até R$ 150 mil.
Tratores e máquinas de até R$ 250 mil: taxa de 5% ao ano.
Há também linhas especiais:
Pronaf B Agroecologia: juros de 0,5% ao ano, com desconto de até 40% para quem pagar em dia.
Pronaf Adaptação às Mudanças Climáticas: financiamento para irrigação com energia solar e outras práticas adaptadas ao clima, com taxas entre 2,5% e 3% ao ano, dependendo do programa.
O objetivo do governo é ampliar o apoio aos pequenos produtores, garantir a produção de alimentos saudáveis e incentivar tecnologias mais sustentáveis no campo.
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