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Política Quarta-feira, 14 de Fevereiro de 2018, 10:02 - A | A

Quarta-feira, 14 de Fevereiro de 2018, 10h:02 - A | A

A Pedido da PF:

STF prorroga inquérito contra Maggi por suposto recebimento de propina de R$ 12 milhões da Odebrecht

Rojane Marta/VG Notícias

Reprodução

Blairo Maggi

Na lista de propina da Odebrecht, Blairo constava como "caldo".

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu o pedido da Polícia Federal para prorrogar o prazo do inquérito em que investiga o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, senador licenciado Blairo Maggi (PP/MT), por suposto recebimento de propina na ordem de R$ 12 milhões da Odebrecht. A decisão que prorrogou o prazo do inquérito foi proferida na última sexta-feira (09.02). 

O inquérito foi instaurado com base das declarações prestadas pelos colaboradores João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto. Além de Maggi, também é investigado no inquérito o deputado federal José Orcírio Miranda dos Santos – popular Zeca do PT.

Segundo consta da denúncia do Ministério Público Federal, os colaboradores narraram que a propina foi paga em 2006, para as campanhas eleitorais de Blairo Maggi e Zeca do PT, respectivamente ao Governo dos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Ainda, conforme o MPF, os delatores informaram que para Baliro Maggi foram pagos R$ 12 milhões e R$ 400 mil ao Zeca do PT, repasses implementados por meio do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, sendo os beneficiários identificados no sistema Drousys como Caldo (ministro Blairo Maggi) e pescador (Zeca do PT).

Afirmam, ainda, de acordo com a denúncia, que o Grupo Odebrecht detinha créditos em relação aos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, decorrentes de obras públicas realizadas anteriormente, os quais, embora reconhecidos administrativa ou judicialmente, não eram honrados em razão da incapacidade financeira dos citados entes federativos.

Esse cenário, segundo os delatores, motivou a formação de Comissão Especial que objetivava angariar repasses da União para fazer frente a esses créditos, sendo fundamental a atuação dos agentes públicos estaduais para acelerar os trabalhos da Comissão.

“Também quanto ao Estado do Mato Grosso, menciona-se que Éder de Moraes Dias, agente público estadual, teria solicitado pagamento de vantagem indevida a fim de propiciar o recebimento dos créditos em comento, valores que seriam repassados, a pretexto de contribuição eleitoral, em favor da campanha de reeleição do então governador do Estado do Mato Grosso Blairo Maggi. O solicitante, inclusive, teria mencionado que o pedido era de conhecimento do então governador, surgindo o repasse de R$ 12 milhões” diz trecho da denúncia do MPF.

Já em relação ao Estado de Mato Grosso do Sul, conforme os delatores, o pagamento da vantagem indevida de R$ 400 mil foi em favor de agentes públicos, integrantes da Comissão ou não, além de agentes políticos, sendo que o então governador Zeca do PT teria indicado, como intermediário, um arrecadador de campanha. “Em continuidade das negociações, os valores teriam sido repassados em favor do senador da República Delcídio do Amaral, que, em razão da desistência de Zeca do PT, acabou sendo o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) ao governo daquele Estado” diz denúncia.


O inquérito foi instaurado em março de 2017, com sigilo nos autos, sendo que em abril do mesmo ano, o sigilo foi derrubado, atendendo ao pedido do Ministério Púbico Federal.

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