O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) presta depoimento nesta segunda-feira (18.09) à juíza titular da 7ª Vara Criminal, Selma Rosane Arruda, na ação em que figura como vítima de extorsão dos jornalistas Antônio Carlos Milas, Max Feitosa Milas e Maycon Feitosa Milas.
O depoimento é referente a operação Liberdade de Extorsão que apura o crime de extorsão praticado pelos jornalistas contra autoridades políticas de Mato Grosso, entre elas, Silval, o ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf, entre outros.
Em depoimento à juíza Selma Arruda, o ex-secretário de Silval, Pedro Nadaf, contou que a gestão do peemedebista pagou R$ 200 mil pelo silêncio do jornalista.
Segundo Nadaf, Antônio Carlos Milas cobrou o valor de Silval Barbosa, para não denunciar as coisas erradas que aconteciam no governo. O valor da extorsão (R$ 200 mil), foi pago com cheque oriundo de factoring de Filinto Muller.
Ainda, segundo o ex-secretário, diante do pagamento, o jornalista também passou a extorquir Filinto Muller em R$ 300 mil para que o caso não fosse publicado nos veículos do grupo Milas. “O Milas recebeu um cheque de uma factorin e marcou uma reunião e a empresa teve que pagar mais R$ 300 mil ao jornalista, porque a empresa era irregular” contou Nadaf.
Já Silval, em depoimento disse que sofria pressão por parte do jornalista, e por isso, mandou Nadaf pagar.
O depoimento de Silval será ainda sua “primeira aparição pública” após a homologação na sua delação premiada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Liberdade de Extorsão - Em março de 2016, cinco jornalistas foram presos por extorsão de autoridades públicas, empresários e pessoas físicas em Mato Grosso.
Na operação foram detidos: Antônio Carlos Millas de Oliveira, dono do Jornal Centro Oeste Popular, seus filhos Max Feitosa Millas e Maycon Feitosa Millas; e também o editor chefe do Brasil Notícias, com sede em Brasília, Naedson Martins da Silva.
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