por Rojane Marta/VG Notícias
Ficou comprovado que o forte da Câmara de Várzea Grande é o açúcar. Os vereadores consomem, segundo o presidente da Casa, Waldir Bento da Costa (PMDB), 220 quilos de açúcar por mês.
De acordo com reportagem divulgada no portal oficial da Câmara de Vereadores, Waldir afirma que comprou 44 fardos de açúcar – o que totalizam 1.320 quilos (mais de uma tonelada), para serem consumidos em seis meses, ou seja, por mês, o Legislativo Várzea-Grandense gasta 220 quilos de açúcar.
Segundo o presidente, diferente do que consta na nota de empenho 83/2013 divulgada no portal transparência da Câmara – onde aponta que ele pagou R$ 45, por cada pacote de dois quilos de açúcar, a aquisição era em fardos. “As compras de materiais foram realizadas no mês de fevereiro com projeção para seis meses, o açúcar comprado foi pago por unidade o valor de R$ 3,05, sendo que foram 44 fardos com 15 unidades, totalizando que em cada fardo foi pago R$ 45,75” diz trecho da reportagem da Câmara.
No entanto, Waldir não soube explicar onde foram parar as duas toneladas de açúcar compradas na gestão anterior, pelo ex-presidente, vereador Maninho de Barros (PSD). A compra de duas toneladas foi realizada no final de agosto de 2012, já a compra de mais de mil toneladas de Waldir foi feita em fevereiro de 2013, ou seja, em menos de cinco meses, a Casa de Leis utilizou as duas toneladas de açúcar, o que originou a nova compra do item.
A empresa que vendeu o produto, entre outros itens, para a atual gestão e para a anterior, é a mesma, a Serpel Comércio de Alimentos Ltda-ME, com nome fantasia de Mercado Líder, instalada na avenida Mato Grosso, no bairro Mapim, em Várzea Grande.
Além do açúcar, Waldir comprou produtos que já haviam sido adquiridos exageradamente pela gestão anterior, o que não justifica a aquisição de novos itens. Mesmo diante do gasto “exagerado”, o atual presidente diz que desde quando assumiu a Presidência da Casa, se preocupou em diminui os custos e que ele teria reduzido os gastos com material de consumo diário, a exemplo do açúcar, café, papel higiênico, desinfetante, papel toalha, entre outros.
A compra - Além de açúcar, o presidente comprou 5.100 litros de água mineral (255 garrafões de 20 litros cada), 100 litros de água sanitária, 180 litros de desinfetante, entre outros materiais de limpeza. Outro item que chama atenção é o bule e porta coador de café. A Câmara pagou R$ 43,64 por um bule e R$ 37,44 por um porta coador– valores bem mais alto do que no mercado.
Empresa - De acordo com registro na Junta Comercial do Estado (Jucemat), os proprietários da empresa Serpel são Clarice Pereira Leite Nassarden e Jeany Laura Leite Nassarden, a firma foi aberta em 13 de dezembro de 2007 com capital inicial de R$ 50 mil.
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