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Política Quarta-feira, 14 de Junho de 2017, 18:36 - A | A

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Homens Fortes de Silval

Organização criminosa liderada por Silval foi escolhida a “dedo” com pessoas de extrema confiança

Edina Araújo/VG Notícias

VG Notícias

Homens Fortes de Silval

Os homens fortes de Silval na Organização Criminosa

O ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB) durante interrogatório, revelou que os membros de sua organização criminosa foi escolhida “a dedo” com pessoas de sua extrema confiança. Segundo o peemedebista, a organização criminosa foi formada em razão de compromissos políticos e dívidas assumidas na campanha de 2010, que eram incumbidos de arrecadar recursos do erário público para o pagamento de tais dívidas e, com isso, criou uma verdadeira organização criminosa, que atuou durante os anos de 2010 a 2014.

Silval revelou a função e a posição de cada um dos componentes da apontada organização criminosa. Sílvio Correa Araújo, ex-chefe de gabinete, era seu “braço direito” para assuntos lícitos e ilícitos. Ele era de sua extrema confiança, recebia diversas missões no interesse da organização criminosa, como arrecadar propinas, realizar pagamento de dívidas, realizar transações com alguns operadores financeiros, fazer reuniões com empresários, controlar os pagamentos das propinas, já que muitas vezes ele (Silval) não conseguia saber de todos os assuntos.

Já Pedro Nadaf teria auxiliado “bastante” na campanha de 2010 com o apoio político e financeiro e que exerceu uma função estratégica muito importante na abordagem de empresários para levantamento de recursos. O ex-secretário Chefe da Casa Civil, exercia a função de levantar fundos para pagamento das dívidas e dos compromissos políticos ilícitos, e que muitas vezes era necessário o pagamento de propina para manutenção da governabilidade de Mato Grosso.

Silval Barbosa contou que Nadaf assumiu o papel de Eder Moraes, mas mesmo antes disso, já operava na obtenção de propina na SICME na concessão de incentivos fiscais e créditos tributários nas empresas sediadas no Estado, sendo que, a partir de 2013, enquanto Chefe da Casa Civil, Pedro também exercia o papel de articulador entre o secretários bem como agia administrando o pagamento das dívidas contraídas pelo grupo criminoso e mantinha contato com operadores financeiros.

O ex-secrteário de Administração César Zílio era o responsável pela contabilidade da campanha, tanto no governo Blairo Maggi como no governo SIlval. Zílio foi secretário de Saúde em 2011 e em 2013; secretário do MT PAR. Exercia o papel de articulador entre empresários e o governo. Era de sua confiança e atuou na secretaria de Administração com função de cobrar os recebimentos de propina de empresários que mantinham contatos com o governo.

Pedro Elias tinha a função de arrecadar propina de empresas que mantinham contratos com o governo, sendo que, em alguns casos, repassou tais valores para seu filho Rodrigo Barbosa e outras vezes para Silvio César.

Marcel De Cursi também foi o responsável por implementar a função de benefícios fiscais concedidos de forma espúria pela Secretaria de Indústria Comércio e Mineraçao (SICME) e conceder tratamento tributário diferenciado para alguns empresários, a pedido de Silval Barbosa.

Silval relatou ainda que, na campanha de 2012, quando o ex-presidnete da OAB/MT, Francisco Faiad foi candidato a vice-prefeito na chapa do petista Lúdio Cabral, recebeu auxílio financeiro e doação de combustível no montante de R$ 600 mil, frutos de desvios de dinheiro público e afimrou que Faiad tinha pleno conhecimento da origem ilícita de tal doação, assim como o próprio Lúdio.

VG Notícias

Pedro Elias, Cesar Zílio e Rodrigo

Pedro Elias, César Zílio e Rodrigo Barbosa

Silval não poupou nem seu filho, Rodrigo da Cunha Barbosa e revelou que ele (Rodrigo) recebia propina de algumas empresas que mantinham contrato com o governo por meio de Pedro Elias.

Confessou, ainda, que em 2012 combinou com César Zílio recebimentos de propinas de empresas do ramo gráfico representadas por Wallace Guimarães, tendo acertado na ocasião que o ex-prefeiro de VárzeaGrande efetuar apenas parte dos serviços contratados e, em contrapartida, repassaria propina a César Zílio e utilizaria parte desses recursos na campanha eleitoral para Prefeitura de Várzea Grande em 2012.

As confissões de Silval Barbosa foram reiteradas por Sívio Correa.

O ex-procurador Chico Lima era a pessoa que se encarregava de elaborar os pareceres e processos de interesse de Silval Barbosa, exatamente aqueles que poderiam dar grandes retornos financeiros para organização criminosa.

Sílvio confessou que certa ocasião, quando um programa televisivo noticiava a celebração de um acordo de colaboração premiada por um dos presos da Operação Sodoma, afirmou a Pedro Nadaf que "colaborador tinha que morrer". Disse que comentários desse tipo são corriqueiras no interior dos presídios. No entanto, assegurou que jamais teria coragem de tentar contra a vida de alguém.

Reprodução

Faiad, Lúdio e Silval

Francisco Faiad, Lúdio Cabral e Silval Barbosa, durante campanha eleitoral. Faiad foi candidato a vice-prefeito na chapa de Lúdio

Sílvio ratificou que Faiad quando secretário de Administração em 2013, recebeu o pagamento de propina da empresa Marmeleiro Auto Posto, bem como se utilizou de fraude na Secretaria de Infraestrutura para quitar restos de dívida da campanha em que foi candidato a vice-prefeito de Lúdio Cabral em 2012.

Além de confessar os crimes que lhe são imputados Sílvio coloca à disposição do juízo para garantia do ressarcimento do erário um imóvel no valor de R$ 472.916,03 mil.

O reinterrogatório de Silval e SíLvio, réus da Operação Sodoma ficou designado para o dia 24 de julho, às 13h30min.

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