Os deputados estaduais foram colocados em uma “sinuca de bico” pelo deputado estadual Xuxu Dal Molin (PSC-MT) na sessão extraordinária dessa terça-feira (12.05), que colocou em votação uma moção de aplausos para o Grupo JBS por investir R$ 400 milhões no Brasil, a serem utilizados para o combate ao covid-19.
Segundo Dal Molin, o grupo deve doar no mínimo 80 leitos hospitalares de média e alta complexidade para Mato Grosso.
Já o deputado Wilson Santos (PSDB) chegou a pedir ao colega que retirasse a proposta de pauta. Wilson argumentou que no passado, a Casa de Leis realizou uma CPI contra a JBS, onde foram tratados formação de cartel e o monopólio da carne.
“Se reprovarmos a moção é um tapa na cara da JBS, se aprovarmos a moção setores da sociedade poderão entender que está Casa é conivente com práticas irregulares da JBS, eu sugiro que não haja constrangimento e solicito a retirada porque qualquer resultado trará desgaste ao parlamento”, disse.
Dal Molin não retirou o porjeto e disse que a homenagem é um incentivo para que outros empresários.
O debate esquentou quando deputado Sílvio Fávero (PSL) disse não concordar com a moção: “É a mesma coisa da delação premiada, o cara rouba um milhão vai lá faz a delação e devolve 10% nem preso vai e o padre manda pagar 10 pai nossos e 20 ave maria, você tá salvo meu filho. Essa JBS já foi envolvida em vários crime não merece! sou contra.”
Para amenizar os ânimos, Botelho chegou a dizer que a moção é específica pela ação de solidariedade e não a empresa. Mas, ao colocar a moção em votação de forma separada a Casa registrou um empate (10 favoráveis e 10 contra) e Botelho lamentou ter que usar o voto de minerva com a JBS. “Então eu sou favorável está aprovado. É o primeiro voto minerva meu durante a presidência, que pena”, disse Botelho aos risos e finalizou completando: “Mas como era especifico só para saúde, depois vamos votar moção de pesar pelas outras ações.”
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