O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão nesta sexta-feira (2/5), nove dias após a Polícia Federal revelar investigações sobre um esquema de descontos indevidos em aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A fraude causou um prejuízo estimado em R$ 6,5 bilhões entre 2019 e 2024.
Lupi se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às 16h (horário de Brasília), no Palácio do Planalto. O encontro não constava na agenda oficial. Após a reunião, o Planalto confirmou a saída do ministro e anunciou que o atual secretário-executivo da pasta, Wolney Queiroz, assumirá o cargo interinamente.
Alerta ignorado sobre descontos indevidos
Documentos do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) revelam que Carlos Lupi foi alertado, em junho de 2023, sobre o aumento de descontos não autorizados em aposentadorias. No entanto, o tema só foi incluído na pauta de uma reunião dez meses depois, em abril de 2024.
Lupi presidia o CNPS, que reúne representantes do Ministério da Previdência, do INSS, de sindicatos, associações de aposentados e entidades patronais.
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Nota Planalto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na tarde desta sexta-feira, 2 de maio, o pedido de demissão do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, durante audiência no Palácio do Planalto.
O presidente convidou o ex-deputado federal Wolney Queiroz, atual secretário-executivo da Previdência, para ocupar o cargo de ministro.
A exoneração de Lupi e a nomeação de Wolney serão publicadas ainda hoje em edição extra do Diário Oficial da União.
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