O presidente eleito Javier Milei, um economista ultraliberal que prometeu reduzir o tamanho do Estado e cortar impostos, tomou posse neste domingo (10.12), em Buenos Aires, Argentina.
Ele terá pela frente o desafio de enfrentar uma economia em crise, com inflação que chega a 142,7% ao ano, desemprego crescente e dívida pública. Além disso, ele precisará lidar com as relações diplomáticas estremecidas com países vizinhos, como o Brasil, devido ao seu posicionamento político durante as eleições.
A cerimônia de posse de Milei como presidente da Argentina, realizada na Casa Rosada, contou com a presença de diversos líderes mundiais, incluindo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o primeiro-ministro da Hungria, o ultradireitista Viktor Orbán e o rei da Espanha, Felipe 6º.
No entanto, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não compareceu ao evento. A equipe de Milei enviou um convite a Lula, mas o nome do presidente brasileiro não foi mencionado na carta convite. Por outro lado, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi convidado nominalmente assim que a vitória de Milei foi confirmada nas urnas.
A ausência de diversos líderes mundiais, incluindo Lula , Petro e Arce, na cerimônia de posse de Javier Milei como presidente da Argentina pode ser interpretada como um sinal de discordância com as políticas propostas por Milei durante o processo eleitoral.
Antes de ser eleito, Milei atacou diretamente o presidente brasileiro e criticou a esquerda tanto da Argentina quanto de outros países, chamando de comunistas e dizendo que não haveria diálogo com eles em caso de vitória. Essas divergências evidenciam que as relações diplomáticas entre a Argentina e os países vizinhos já se iniciaram estremecidas.
A crise econômica também foi tema da cerimonia, no discurso de posse, Milei disse que o país não tem dinheiro e que não há alternativa "ao ajuste e ao choque" para resolver a crise econômica. Em seu primeiro discurso à frente da nação, ele afirmou que "hoje começa uma nova era na Argentina".
O novo presidente reconheceu ainda que a situação econômica vai piorar no curto prazo e prometeu "lutar com unhas e dentes para erradicar a inflação". A inflação no país chegou a 142,7% nos últimos 12 meses, a pobreza atinge mais de 40% da população, sendo 10% indigentes. "Não vai ser fácil, 100 anos de fracasso não serão desfeitos num dia, mas um dia começa e hoje é esse dia", disse ele em seu discurso.
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