O governador Mauro Mendes (DEM) em entrevista coletiva nesta quinta-feira (20.08), respondeu sobre o “racha” no DEM relacionado às eleições para o Senado, após o senador Jayme Campos e seu irmão, Júlio Campos, declararem apoio ao pré-candidato Nilson Leitão (PSDB), sem consenso do partido.
Mendes enfatizou que a decisão sobre com quem o partido deverá coligar é do Diretório Estadual do Democratas. Segundo ele, o diretório tem mais de 70 membros que precisam ser respeitados.
“A decisão não é do governador Mauro Mendes, não é do presidente do partido Fábio Garcia, como não é também da família Campos. Eu tenho as minhas estratégias, Jayme, Júlio têm as suas, cada membro tem a sua estratégia (...). Eu respeito o nosso ex-governador Júlio, respeito a todos, mas eles precisam respeitar também o Democratas, nem eles, nem eu, nem Fabinho que é o presidente, nem ninguém pode decidir isso se não for pela decisão do Diretório Estadual, só isso é a divergência”, explicou.
Questionado se seria contra a liberação dos membros, Mauro afirmou que o partido irá decidir isso internamente: “Sou a favor que o partido discuta que o prefeito seja ouvido, os 70 membros da direção estadual seja ouvido. A decisão pode ser qualquer uma. Não tem problema.”
Sobre as declarações de Júlio Campos ao enfatizar que está há 41 anos no partido e não seria agora que iria cerceá-lo da decisão, Mendes recorreu a Democracia, para defender que a decisão deve ser da maioria.
“Ele pode falar à frase que quiser, qualquer cidadão pode falar a frase que quiser, vivemos em uma Democracia, agora as coisas não acontecem de acordo com a vontade individual de ninguém. Vivemos numa Democracia e isso significa a vontade da maioria, ou alguém acha que é diferente?”, questionou.
Apesar do “racha”, Mendes disse que está satisfeito com o partido sinalizando que não deixará o partido como vem sendo cogitado nos bastidores. Mauro destacou que foi eleito para ser governador de Mato Grosso e na função busca dar resultado.
“Eu fui eleito para ser governador de Mato Grosso, faço parte de um partido, muito satisfeito nele, não tem problema ter divergência, divergência tem todos os dias, todos nós temos. Agora o que temos que pensar, o que nos une é maior do que nos separa? Essa é a grande pergunta que deve ser feita”, afirmou o gestor.
Ao responder a sua própria questão, Mendes disse que sua união com o novo DEM é pelas amizades ao citar o presidente Nacional do DEM, ACM Neto e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
“Eu não tenho essa preocupação de sair ‘atacando’ ninguém. Eu respeito muito meus parceiros políticos, Política se faz com respeito. Temos ai a candidatura do Otaviano Pivetta, meu amigo, tem a minha admiração, um homem do bem, tenho orgulho de estar ao lado dele. Tem o Fávaro que foi lá construí ,ficou em 3º, brigou, está lá hoje como senador, tá fazendo um bom trabalho. É uma boa articulação política que vai ter que fazer”, finalizou.
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