Mauro Mendes

O governador Mauro Mendes (DEM), ao defender o projeto de Lei “cota zero” -  que propõe durante cinco anos a proibição do transporte e da comercialização de peixes nativos dos rios do Estado de Mato Grosso -, denunciou que empresários e servidores públicos que não vivem na pesca, usam da prática para receber seguro defeso (valor pago aos pescadores durante o período reprodutivo dos peixes, quando a pesca é proibida).

“Temos que ter a coragem de fazer as mudanças necessárias, criar os mecanismos de salvaguardar algumas comunidades. Nós temos mais de 100 mil pescadores profissionais, temos dados que mostram que alguns desses pescadores profissionais são empresários, são servidores públicos, são pessoas que de longe vivem da pesca, mas este é um problema do Governo Federal, do Ministério Público Federal, porque isso é crime”, disparou Mendes.

O projeto ainda deve entrar em discussão na Assembleia Legislativa, mas Mendes acredita que esta medida imposta no projeto vai ajudar a recuperar os peixes e assim fomentar o turismo no Estado. Segundo ele, é muito comum ouvir relatos de que as pessoas foram para o rio pescar e não conseguiram pescar absolutamente nada, e o cenário precisa mudar, pois considera que a pesca é um gigantesco potencial no Estado de Mato Grosso.

“No Brasil, nós temos em média mais de 100 mil brasileiros que se deslocam por ano para Argentina para pescar porque lá tem peixe. Aqui no Estado de Mato Grosso, nós temos a única pousada que tem 100% de lotação durante todo ano, é uma pousada que você pode pescar, mas não pode transportar. Então, nós temos aí uma janela de oportunidade para dar uma guinada, estamos há décadas falando desse turismo no Pantanal, e ele ainda é pífio perante as nossas potencialidades e as perspectivas que tem”.

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