O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), afirmou em pronunciamento nesta quinta-feira (10.07) estar surpreso e preocupado com o anúncio feito pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), sobre a imposição de novas tarifas para produtos importados. A medida, que entra em vigor a partir de 1º de agosto, prevê taxas que variam entre 20% e 50%. No caso do Brasil, foi aplicado o percentual máximo.
"Recebi com muita surpresa e com uma certa preocupação esse anúncio do Trump. Existe muito radicalismo, posições desarrazoadas, talvez de ambos os lados. Temos que focar naquilo que produz resultado para nosso país", afirmou Mendes.
O chefe do Executivo declarou que não quer entrar em debates ideológicos, mas acredita que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deveria concentrar esforços nos problemas internos do país e evitar aumentar o conflito com Trump. Ele relembrou o impasse entre Estados Unidos e China, cujas tarifas impostas por ambos os lados chegaram a ultrapassar os 100%.
"Não quero entrar em um debate ideológico neste momento, se Lula está certo ou Bolsonaro está certo. Mas acho que o Lula deveria focar no nosso país, nos nossos problemas — assim como o Trump tem que fazer no dele. Já vimos o que aconteceu com o 'tarifaço' com a China. Não adianta dobrar a aposta, porque ele [Trump] dobra do outro lado também", declarou.
Mendes pontuou ainda que o Brasil depende do comércio internacional, tanto na importação quanto na exportação, e que, por isso, precisa manter uma boa relação com outros países para garantir saldo positivo na balança comercial.
"O Brasil é um país que precisa dessa boa relação para continuar garantindo o saldo da balança comercial. As contas do Governo Federal não estão indo bem. Imagine um cenário de redução de exportações, onde tenhamos desequilíbrios mercadológicos causados por essas interferências", pontuou.
Por fim, Mauro Mendes afirmou que é hora de ter juízo e sensatez, colocando o Brasil em primeiro lugar e deixando de lado o viés ideológico. "Então, era hora de ter juízo, sensatez. Colocar o Brasil em primeiro lugar, deixar esse viés ideológico de lado e fazer aquilo que é bom para o país".
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