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Política Sexta-feira, 11 de Julho de 2025, 11:15 - A | A

Sexta-feira, 11 de Julho de 2025, 11h:15 - A | A

Taxação política

“Lula devia tomar cerveja com Trump”, ironiza Abílio

Em tom irônico, gestor de Cuiabá defende diálogo diplomático e nega culpa de Bolsonaro por medidas anunciadas por Trump

Rojane Marta & Angelica Gomes/VGN

O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), comentou nesta semana o anúncio feito pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que pretende aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Durante entrevista, o gestor criticou a condução da política externa do governo Lula (PT) e atribuiu o desgaste internacional do Brasil a decisões recentes do Executivo federal.

“Hoje quem está na presidência é o Lula. Não tem como culpar o Bolsonaro por isso”, afirmou Abílio, ao rebater críticas feitas por membros do seu próprio partido que acusam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), de articulação com Trump. Para o prefeito, Eduardo apenas “representa as circunstâncias que estão acontecendo no Brasil” e não seria responsável pela decisão do ex-presidente americano.

Segundo Abílio, há uma série de fatores que vêm prejudicando a imagem do Brasil no cenário internacional, como suspeitas envolvendo o envio de urânio ao Irã, aproximações diplomáticas com governos considerados autoritários e manifestações de apoio a grupos como o Hamas. “Isso tudo vai queimando a credibilidade do governo brasileiro”, declarou.

Ao ser questionado sobre os possíveis impactos da medida, o prefeito reconheceu que a taxação é prejudicial para o país. “Uma taxação desse porte é ruim para o Brasil. Pode afetar setores como o de carne, que tem forte presença no nosso Estado, como a JBS”, afirmou. Ele também alertou que outros países, como Argentina, Itália e Israel, estariam cogitando medidas semelhantes contra o Brasil, em reação à atual política externa.

Sobre a possibilidade de o Congresso Nacional adotar uma medida de reciprocidade, Abílio avaliou que isso também traria prejuízos. “Se o Brasil taxar 50% dos produtos importados dos Estados Unidos, vamos pagar muito mais caro por celulares, computadores e outros itens essenciais”, explicou. O prefeito defendeu equilíbrio nas relações comerciais e diplomáticas.

Mesmo com críticas ao governo americano, o prefeito rejeitou comemorações pela medida anunciada. “O Haddad [ministro da Fazenda] está taxando mais ainda o próprio brasileiro, e eu não vejo essa indignação tão grande. A reforma tributária é uma das mudanças mais radicais do país”, disse.

Em tom irônico, Abílio sugeriu que a crise diplomática poderia ser resolvida por meio de um encontro entre o presidente Lula e Donald Trump. “O Lula deveria tomar uma cervejinha com o Trump e levar a Janja. Ele já resolveu o problema da Ucrânia com a Rússia, pode resolver isso também”, declarou. Para ele, o diálogo direto seria mais eficaz do que a adoção de medidas retaliatórias.

Por fim, o prefeito afirmou que “só o brasileiro pode salvar o Brasil” e destacou que o papel do governo deveria ser o de buscar soluções diplomáticas e econômicas que favoreçam a população.

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