O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), criticou nesta terça-feira (15.07) o uso de interesses eleitorais nas discussões sobre a tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. Para Mendes, o momento exige diálogo e humildade, e não "piadinhas", em referência a declarações recentes do presidente Lula (PT).
Mauro disse que Trump é “meio louco” e faz coisas inimagináveis, mas que o Brasil tem que mostrar humildade para reverter a taxação "trumpista".
“O Trump, todos conhecem, é meio louco, fez coisas inimagináveis em termos de comércio internacional. Mas é o presidente da maior economia do planeta e tem direitos e dever de defender os interesses dele. Nós aqui no Brasil não podemos ficar batendo cabeça. Tem que ter humildade e competência”, afirmou o governador.
A medida, que passa a valer em 1º de agosto, foi comunicada por meio de carta de Trump ao presidente Lula. No documento, o americano acusa o Supremo Tribunal Federal (STF) de censura e ameaça impor sanções a plataformas digitais dos EUA. Trump também manifestou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que seu julgamento é uma "vergonha internacional" e uma “caça às bruxas que deve acabar imediatamente”. O objetivo de Trump, é que Bolsonaro disputa as eleições de 2026.
Mauro Mendes alertou para os impactos econômicos da taxação e pediu que o tema seja tratado com seriedade, sem uso político. “Não é hora de colocar ideologias e interesses eleitorais de 2026 na frente dos interesses da nação e dos brasileiros”, pontuou.
O governador não vê como solução a lei da reciprocidade fiscal, que seria taxar os Estados Unidos em 50%. Mendes também criticou “piadinhas” em meio ao tema. Na semana passada, o presidente Lula ironizou a família Bolsonaro por diversas vezes ao culpá-los pela reação de Trump.
"A china tentou isso. O Trump aumentou, os chineses aumentaram, até que, viram que ele não iria parar. Parou e agora foi para a diplomacia. Não estou aqui para dar conselho, mas ter humildade, não ficar com piadinha, seriedade para não prejudicar o Brasil", falou Mendes.
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