O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) pensa em não destinar emendas parlamentares após ser incluído em um inquérito da Controladoria Geral do Estado (CGE), que investiga o suposto envolvimento de 14 deputados em um esquema de superfaturamento na compra de kits agrícola.
Os kits seriam entregues por meio do Instituto de Natureza e Turismo (Pronatur), entidade responsável pelas aquisições junto à Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf).
Cattani nega irregularidades e avalia em não destinar recursos, já que o papel do deputado não é destinar emendas.
“Estudei muito e nem utilizar mais emendas no futuro. Estou estudando, não estou dizendo que vou fazer isso. Se for tão frágil assim, para que? Primeiro, nós não somos bancários, não estamos aqui para distribuir dinheiro para ninguém, nós estamos aqui para fazer legislação em torno do povo mato-grossense”, disparou.
As investigações são conduzidas pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e apuram um possível desvio de até R$ 28 milhões. A Operação Suserano, deflagrada em setembro de 2024, identificou que os recursos foram usados em 24 convênios firmados entre a Seaf e o Pronatur. O prejuízo estimado, segundo a Polícia Civil, pode chegar a R$ 10,2 milhões somente com kits agrícolas.
O deputado cobra segurança jurídica na destinação de emendas. “Essa questão das emendas é muito delicada e precisamos de segurança jurídica para isso. Não é crível que um deputado destine uma emenda, alguém vai lá na frente faz uma coisa errada e o deputado pague por isso”, falou.
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