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Política Terça-feira, 10 de Setembro de 2013, 09:25 - A | A

Terça-feira, 10 de Setembro de 2013, 09h:25 - A | A

Lugar de celebridade é mesmo na política?

Tentar conquistar o poder com nomes fora do quadro político tradicional já funcionou em alguns países.

do Brasil 247

O PSDB, presidido pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), decidiu partir para uma estratégia inusitada e arriscada nas eleições de 2014. Com base em pesquisas qualitativas que apontam o desgaste da classe política tradicional, os tucanos pretendem apostar em celebridades, que poderiam se apresentar como novidades na política. No Rio de Janeiro, depois de tentativas frustradas em torno do apresentador Luciano Huck, da Globo, os tucanos fecharam com o treinador Bernardinho, que deverá ser o candidato ao Palácio Guanabara. Ele seria, nas palavras de Aécio, "a própria tradução de seriedade, fibra, determinação e honestidade".

A novidade desta terça-feira (10.09) é o namoro do PSDB com a atleta brasiliense Leila Barros, que poderia ser a aposta para o governo do Distrito Federal, segundo antecipou a jornalista Vera Magalhães. No DF, o atual governador Agnelo Queiroz, do PT, deve enfrentar nomes como o ex-governador José Roberto Arruda e alguém ligado à família Roriz. Em Minas, os tucanos, que ainda não têm candidato definido, filiaram outro astro do vôlei: o jogador Giovane Gavio. No estado, dominado pelo PSDB há oito anos, foi feito também um convite ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, quando ele recebeu a medalha da Inconfidência, neste ano.

Tentar conquistar o poder com nomes fora do quadro político tradicional já funcionou em alguns países. Celebridades, em geral, têm apelo midiático e uma história de vida de que pode ser associada a determinados valores, como a "fibra e a determinação de Bernardinho", citadas por Aécio. Nos Estados Unidos, o exemplo mais notório desse tipo de iniciativa foi a eleição de Arnold Schwarznegger para o governo da Califórnia. Lá, um outro ator, Ronald Reagan conseguiu chegar até à presidência. E se a gestão Schwarznegger foi um fiasco, Reagan ainda hoje é lembrado como um dos presidentes mais admirados pelos norte-americanos.

A dúvida é se o foco tão concentrado em celebridades, num partido que já foi marcado pela presença de intelectuais, contribui ou não para aprimorar a qualidade do debate público. O risco é que seja percebida pela população com reflexo da carência de quadros vocacionados para a política.

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