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Deputado disse que deixou reunião para não cometer nenhum desrespeito com esposa de Wilson Santos
O clima azedou entre os deputados estaduais, Wilson Santos e Carlos Avallone, ambos do PSDB, tudo devido à polêmica envolvendo a lei estadual 11.486, que proíbe pesca em um trecho de 52 km do rio Manso, permitindo somente pesca com a finalidade de subsistência ou amadora. O rio conta com 850 km de extensão.
Contrário à proposta, Wilson Santos tem mobilizado pescadores e levado ao Plenário da Assembleia, bem como tenta manobra para anular os efeitos da lei.
Em meio a polêmica, o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputado Carlos Avallone, conseguiu suspender a vigência da lei estadual 11.486/2021 para depois do período de defeso da piracema em Mato Grosso. A piracema entrou em vigor entre 1 de outubro de 2020 e 31 de janeiro de 2022.
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Segundo ele, após a suspensão, iniciou uma série de reuniões com os pescadores para debaterem sobre a lei, considerando que um grupo de cerca de 60 profissionais apontam que serão prejudicados com a normativa ficando impedidos de praticar a pesca de subsistência.
Avallone explicou que na última quarta-feira (1º.12) durante uma das reuniões na Assembleia Legislativa, a presidente da Associação de Lojista de Caça e Pesca de Mato Grosso (ALCAPE), Nilma Silva, esposa de Wilson Santos, teria atacado os membros da Comissão de Meio Ambiente — afirmando que eles “sentaram em cima” do projeto de lei, de autoria do Wilson, que anula a lei estadual 11.486/2021.
No embate, Nilma teria ofendido verbalmente Carlos Avallone. “Ela me agrediu verbalmente com palavras muito fortes e eu me retirei da reunião porque é muito difícil argumentar com uma pessoa que começa te agredir. Uma mulher, uma senhora, uma companheira de um colega de deputado. Eu me retirei para não cometer nenhum desrespeito com ela e nem com Wilson. Estou muito chateado ainda", relatou o deputado.
Apesar dos ataques, o parlamentar afirmou que está do lado dos pescadores — e como presidente da Comissão de Meio Ambiente tentou apenas intermediar uma discussão sobre a criação de um projeto de lei que atenda a todos os pescadores sem que ninguém se seja prejudicado.
“Eu estou ajudando o processo. Ajudando os pescadores e estou recebendo tratamento como se fosse um adversário. Não vai conseguir isso. Fui acusado na Comissão de Meio Ambiente, foi mantido a capa do projeto e retirado o conteúdo e substituído. Então estou pedindo uma sindicância para ser apurado. Pelo que levantei não houve. É uma acusação absurda. Mas, se algum deputado denunciar, temos que investigar”, disse o tucano.
Sobre o episódio, Wilson Santos evitou tecer qualquer comentário e disse que o embate entre Avallone e Nilma cabe a eles responderem. O deputado ainda defendeu a imediata aprovação do projeto de lei que anula a Lei estadual 11.486/2021.
“Tem que anular essa lei. É um absurdo o que fizeram. Proibir o pequeno, o humilde pescador de exercer sua profissão. Desde agosto esse projeto que pede anulação da lei estadual 11.486/2021 está na Comissão de Meio Ambiente aguardando parecer e nada foi feito. Já consegui obter a assinatura de 15 deputados aprovando a votação desta proposta em regime de urgência. Vamos aprovar e anular essa lei absurda”, finalizou Santos.
Outro Lado – Aos jornalistas, Nilma Silva afirmou que o deputado Carlos Avallone desrespeitou os pescadores ao não ouvir a categoria, mas pediu desculpas ao parlamentar caso ela tenha sido agressiva durante a reunião.
“Os deputados Avallone nos decepcionou pedindo para nós termos mais paciência. Só que ele falou por mais de 50 minutos, mas na hora de ouvir ele não agiu como parlamentar. Então ele desrespeitou primeiro eu como mulher, segundo eu como representante, e terceiro meu povo. Se eu fui agressiva quero pedir desculpa para ele. Foi uma discussão acalorada. Estamos falando de pessoas que vivem da pesca. Pessoas que trabalham para sobreviver e eu gostaria de sensibilizar o deputado a respeito disso”.
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