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Política Sexta-feira, 09 de Fevereiro de 2018, 10:20 - A | A

Sexta-feira, 09 de Fevereiro de 2018, 10h:20 - A | A

grampos ilegais

Juiz derruba sigilo de ação; Testemunha revela que cabo falou da vida íntima de deputada e governador

Lucione Nazareth/ VG Notícias

Reprodução

 

O juiz Murilo Mesquita de Moura, da 11ª Vara Criminal da Justiça Militar de Cuiabá, ouve neste momento depoimento de testemunhas na ação penal contra os policiais militares acusados de integrar o esquema ilegal de grampos telefônicos em Mato Grosso, popular “barriga de aluguel”.

A ação tem como réus os coronéis da PM, Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco e Ronelson Barros; além do tenente-coronel Januário Batista; e do cabo Gérson Luiz Correa Junior. Lembrando que destes cinco, apenas Zaqueu Barbosa e Gérson Luiz estão presos por participação do esquema.

Segundo informações do Tribunal de Justiça, na audiência de hoje, o magistrado irá decidir, por meio de um conselho formado por 4 coronéis e pelo juiz, sobre a liberdade de Zaqueu e Gérson, como também a revogação das medidas cautelares dos demais réus que se encontram em liberdade.

O conselho é formado pelos coronéis Elielso Metelo de Siqueira, Valdemir Benedito Barbosa, Luís Claudio Monteiro da Silva e Renato Antunes da Silveira Júnior. Já os coronéis Pedro Sidney Figueiredo de Souza, Lilian Teresa Vieira de Lima e Raimundo Francisco de Souza foram definidos como suplentes.

Até o momento, juiz Murilo Mesquita determinou o levantamento do sigilo da ação penal que trata sobre os grampos telefônicos. A decisão atende solicitação do Ministério Público Estadual (MPE).

O ex-secretário de Segurança Pública do Estado, promotor de Justiça Mauro Zaque, está neste momento prestando depoimento na audiência. Ele que denunciou em maio de 2017 a existência de uma central de interceptações telefônicas ilegais com a participação de membros do Executivo, conforme constava numa denúncia anônima que ele tinha recebido.

Em depoimento nesta sexta, Zaque afirmou que deixou o staff de Pedro Taques pelo fato de não ter sido apurado o esquema dos grampos telefônicos, mesmo após ele ter informado ao governador sobre indícios das escutas ilegais.

O promotor declarou que foi até o município de Cáceres para falar com o juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira – que autorizou interceptações telefônicas por meio das quais foram feitas a “barriga de aluguel” -, na intenção de verificar quais teriam sido as justificativas utilizadas pelo magistrado para o deferimento das escutas.

Segundo ele, o magistrado disse na época estar “muito chocado” com o esquema de grampos que foi montado por meio de suas decisões judiciais, e que se sentia “enganado”, classificando como uma “grande armação” as solicitações de escutas telefônicas em processos judicias com objetivo de “escutar ilegalmente” políticos, autoridades, advogados entre outras pessoas que não tinham cometido qualquer ato ilícito.

Atuliazada às 11h20 - A advogada Gisele Bergamasco, ex-servidora da Casa Militar, foi grampeada ilegalmente no esquema. Ela disse em seu depoimento que não sabe dizer os motivos que foi alvo, e que um dos diálogos divulgados foi uma mensagem que recebeu do ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Sílvio César Correa Araújo.

Na época, Sílvio estava preso e solicitou dela ajuda para tirar um passaporte. Ela não atendeu as mensagens nem ligações.

O contador Mário Edmundo Costa Marques presta depoimento na audiência. Ele é amigo do cabo Gerson. Os telefones dele e da esposa foram grampeados ilegalmente.

No depoimento, ele afirmou que um advogado amigo dele o avisou sobre os grampos, mas disse que era para o mesmo ficar tranquilo porque a escuta tinha sido colocada por engano, devido os telefones estarem salvos no celular do cabo Gérson.

Ele disse que Gérson, em conversas, falou sobre a vida pessoal da deputada Janaína Riva (MDB) e também do governador Pedro Taques.

A audiência foi suspensa.

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