A proposta do governo federal de isentar do Imposto de Renda pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês conta com apoio de 84% dos brasileiros, segundo levantamento da Genial/Quaest divulgado em julho de 2025. O mesmo estudo mostra que 69% também são favoráveis à cobrança de uma alíquota de 10% sobre rendimentos anuais acima de R$ 600 mil, como forma de compensar a perda de arrecadação.
A agenda de justiça tributária do governo Lula (PT), que prevê maior contribuição dos mais ricos para aliviar o peso sobre os mais pobres e a classe média, tem ampla aceitação popular. No entanto, a pesquisa revela que a aprovação da proposta varia conforme a posição política dos entrevistados.
Entre os eleitores que se identificam como de esquerda, 91% são a favor da isenção até R$ 5 mil e 85% apoiam o aumento de imposto sobre os mais ricos. Já entre os de direita, o apoio à isenção cai para 74%, enquanto a taxação dos mais ricos encontra resistência: 47% são contra a medida, e apenas 49% a defendem.
A polarização também aparece na percepção sobre o discurso do governo, que associa privilégios econômicos à desigualdade social. Para 52% dos entrevistados, esse tipo de abordagem é legítimo por chamar atenção para os desequilíbrios. Outros 41% afirmam que esse discurso “cria mais briga e polarização”.
Apesar das divergências, 62% dos brasileiros dizem se sentir representados pela nova agenda fiscal do governo. Entre os que se dizem de centro político, esse número é de 58%, enquanto entre os de esquerda sobe para 83% e entre os de direita cai para 39%.
A pesquisa ouviu presencialmente 2.000 pessoas entre os dias 5 e 8 de julho de 2025, em todas as regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
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