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Política Terça-feira, 16 de Julho de 2019, 14:34 - A | A

Terça-feira, 16 de Julho de 2019, 14h:34 - A | A

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Grampos ilegais: coronéis e cabo são interrogados

Larissa Malheiros/VG Notícias

VGNotícias

grampos audiência

 

O juiz da 11ª Vara Militar de Cuiabá, Marcos Faleiros, reinterroga neste momento (14h30), réus da ação que apura suposto esquema de grampos ilegais em Mato Grosso, que ficou conhecido como “grampolândia pantaneira”.

O depoimento mais esperado é do cabo Gerson Corrêa, conforme adiantado na semana passada pelo oticias, que promete ser “bombástico”. Além do cabo Gerson, devem ser interrogados ainda hoje (16) os coronéis Zaqueu Barbosa e Evandro Lesco.

Atualizada às 15h50 - O primeiro a prestar depoimento foi o coronel Zaqueu Barbosa, na época dos grampos era subchefe de Estado Maior da PM-MT, que revelou que foi chamado pelo ex-governador Pedro Taques (PSDB) e pelo ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques para uma conversa aonde foi questionado como poderia gravar algumas pessoas.

Zaqueu explicou que conhecia apenas dois militares que tinham expertise para lidar com este tipo de interceptação, mas somente o cabo Corrêa estava na ativa.

Então ele voltou a falar com os dois e comunicar que existia a possibilidade, mas precisava de dinheiro para arcar com os custos.

"Na minha cabeça era muito tranquilo. Hoje vejo com muita clareza isso. O suporte vinha de outro interessado que queria para outros fins. Mas como era para PM queria estruturar. Verificamos o local externo para que o cabo ficasse o local tinha restrição. O primeiro pedido não vi nenhuma barriga de aluguel. O Paulo me entregou alguns nomes para inserir. Foi feito a partir de então começou a barriga de aluguel. Algumas conversas escutadas da Tatiane Zagallo foram entregues para o Paulo Taques" diz o coronel.

Ele conta o valor inicial para montar o escritório de “espionagem”. “Dinheiro 12 mil reais para começar a funcionar, esse eu peguei em espécie para comprar este equipamento e alugar o local que foi instalado”.

Segundo ele, Paulo e Pedro Taques pediram para grampear os advogados de adversários políticos do ex-governador: Patrocínio e José Antônio Rosa.

Atualizado às 16h20min - Ele conta que um dia foi chamado na residência de Mauro Zaque, secretário de Segurança Pública na época. "Me recebeu na área de serviço, ele senta comigo e fala que estou fazendo coisa errada. Você está interceptado pessoas. Vocês estão ouvindo barriga de aluguel e citou os nomes."

Ele questionou se Zaque não sabia disso sendo amigo de Pedro Taques e ouviu que ele não sabia. E foi informado que ele seria exonerado do comando geral do cargo que ele já estava exercendo em 2016.

Zaqueu acredita ser fácil visualizar que não havia interesse do cabo e do coronel Lesco em grampear essas pessoas. “Veja quais números desses seriam interesses do cabo Corrêa e coronel Lesco teriam para ouvir essas pessoas.”

Coronel diz que foi usado por interesse político. Disse que várias vezes procurou o governador para que este assunto fosse esclarecido. "Que o ônus do que eu fiz eu não posso arcar apenas do que eu fiz. Eles estiveram na minha casa aos domingos terminando o fantástico" comenta.

 

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