O ex-controlador-geral do Estado, Emerson Hideki Hayashida, em entrevista ao disse que jamais pressionou qualquer servidor da Controladoria Geral do Estado (CGE) para alterar relatório de auditorias que detectaram irregularidades nos contratos da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT), os quais foram usados pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) para desvendar um “quartel de empresários”.
A Deccor investiga irregularidades na execução de contratos de serviços de médicos plantonistas para o Hospital Metropolitano de Várzea Grande. São alvo de análise os contratos 098/2020/SES/MT e 102/2020/SES/MT celebrados com a empresa LB Serviços Médicos Ltda.
Emerson Hideki afirmou ao que os relatórios elaborados em relação aos contratos, foram embasados seguindo todas as normas técnicas legais. Conforme ele, os relatórios passam por rigoroso controle de revisão dentro da CGE no qual é seguido normas internacionais.
Sobre os questionamentos, apontados no inquérito da Operação Espelho, o ex-controlador explicou que questionou os auditores da CGE sobre a questão do ponto eletrônico dos médicos contratados para prestarem o serviço nas unidades da saúde, e também das suas respectivas especialidades.
Conforme ele, na época os auditores teriam buscando informações usando como referência apenas os registros no ponto eletrônico, deixando de analisar outros documentos no qual poderia constar que o médico teria prestado o serviço no dia citado e deixando, de alguma forma, de bater o ponto eletrônico.
“Questionei que eles deveriam atestar a informações em outros documentos, como receitas, prontuários. Porque pode acontecer de o médico fazer o atendimento e de alguma forma ter esquecido de bater o ponto eletrônico. Então fez esse questionamento. Como responsável técnico teria que me assegurar que fosse buscado todas as alternativas de busca de fonte de informação. Caso o médico prestasse o serviço e não atestássemos o pagamento, estaria enriquecendo ilicitamente o Estado. Apenas fiz os questionamentos condizentes com os procedimentos técnicos. Ao final, o trabalho de auditoria é da instituição e não controlador”, explicou o ex-controlador-geral.
Em relação às investigações sobre o quartel dos empresários e dos apontamentos da CGE, Emerson Hideki declarou que jamais foi convocado ou intimado pela Deccor para prestar qualquer esclarecimento.
“Eu não fui ouvido, chamado e nem convidado para prestar declarações ou alguma coisa semelhante na delegacia. Não tive conhecimento deste inquérito. Não tive conhecimento de nada. O que estou sabendo é pela imprensa. Estou com minha consciência tranquila. Eu fiz a coisa certa, baseada nas questões técnicas”, disse.
Ao final, ele revelou que está em “devastado” por ter o seu nome relacionado com as investigações, mesmo sem ser alvo do inquérito. “Isso mancha minha imagem como cidadão. Isso causa um sofrimento. Eu sou servidor de carreira e técnico, não sei tratar de política e minha discussão sempre foi técnico”, finalizou.
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