O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), e o vereador Daniel Monteiro (Republicanos) protagonizaram um embate político nesta quinta-feira (17.07), com troca de acusações envolvendo a gestão da Secretaria Municipal de Educação. Abilio criticou o vereador por recusar convite para assumir a pasta e, ainda assim, opinar sobre decisões da área. Daniel retrucou dizendo que é “mais fácil se eleger prefeito” do que terceirizar responsabilidades alheias.
A fala de Abilio ocorreu após Daniel, que preside a Comissão de Educação da Câmara, afirmar que o projeto da Prefeitura que buscava alterar o pagamento de um terço de férias sobre os 45 dias do recesso escolar é inconstitucional. A proposta foi retirada de pauta após forte reação da categoria e de parlamentares.
“Se ele acha que tem como pagar, vira secretário e vai lá e faz. Fugiu da raia, não teve coragem de ser secretário e agora quer dar opinião?”, declarou o prefeito.
Monteiro, por sua vez, reagiu dizendo que a fala de Abilio desrespeita o atual secretário de Educação, Amauri Monge. “É uma falta de respeito com o atual secretário falar esse tipo de coisa. A gente tem que reconhecer que temos um ótimo secretário que está melhorando a Educação”, ironizou.
O vereador também afirmou que, se estivesse no comando da pasta, pediria demissão diante das medidas defendidas por Abilio. “Imagina eu na condição de secretário e ele propusesse uma lei dessas. Eu já teria saído. Teria ficado menos de um mês, porque não aceitaria isso”, afirmou.
Monteiro ainda subiu o tom e disse que prefere disputar a Prefeitura para resolver os problemas diretamente, ao invés de jogar o problema para outros como o prefeito tem feito. “Ele está falando para eu ser secretário se quero resolver, mais fácil me eleger prefeito logo e resolver de verdade, sem terceirizar a culpa para ninguém”, concluiu.
O clima entre Abilio e a categoria da Educação municipal se deteriorou após o prefeito dizer que os profissionais cobram muito reajuste salarial e a qualidade de ensino em Cuiabá é uma das piores do Estado. Ele ainda propôs a revisão do pagamento de férias dos professores e sugeriu, em declarações públicas, a terceirização do ensino como alternativa para reduzir custos. As falas geraram críticas de servidores, parlamentares e entidades educacionais.
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