Uma denúncia feita por uma das próprias empresas do setor, protocolada na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag-MT) em 2024, revelou suspeitas graves envolvendo o sistema de empréstimos consignados dos servidores públicos de Mato Grosso. O caso foi revelado nesta terça-feira (17.06), pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Sérgio Ricardo, durante entrevista na Assembleia Legislativa (ALMT).
Segundo ele, a denúncia aponta que empresas estariam comprando dívidas de servidores sem autorização e que dados pessoais estariam sendo vazados, prática que pode configurar crime. “É caso de polícia, sim. Estão vendendo dívidas de servidores, com dados vazando. Isso não pode ficar sem investigação”, afirmou o conselheiro.
Sérgio Ricardo disse que ainda não é possível estimar o valor exato envolvido, mas que as irregularidades somam milhões de reais. Ele cobrou que Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público apurem o caso, e reforçou que o TCE já está atuando para esclarecer os fatos.
“Quem está pagando essa conta é o servidor, que muitas vezes nem sabe quanto deve ou para quem”, criticou.
Ainda segundo ele, o TCE já identificou empresas com milhares de contratos ativos. Só o Banco Daycoval aparece com 16 mil contratos e a Capital Consig com 12 mil. Há outras com até 5 mil registros.
A medida do Tribunal visa dar transparência e permitir que os servidores consultem seus contratos diretamente na plataforma, a partir do início de julho.
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