O diretor da Santa Casa de Cuiabá, Antônio D´Oliveira Gonçalves Preza, admitiu que os Hospitais Filantrópicos não têm contrato com governo do Estado de Mato Grosso. Segundo o diretor, o objetivo dos hospitais é buscar ajuda para continuar o atendimento.
“Os Hospitais Filantrópicos não têm contrato com o governo do Estado, isso é fato. Obrigação legal de fazer eles não têm, quando procuramos esse movimento, sempre procuramos através das Prefeituras municipais, realmente nós não somos contratualizados com o Estado, obrigação legal eles não têm, agora nós viemos pedir ajuda”, esclareceu o diretor, durante entrevista à imprensa nessa quarta-feira (16.08).
Na ocasião os representantes dos hospitais se reuniram na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT), em busca de soluções para déficit de R$ 12,7 milhões, que prejudicam atendimento em cinco Hospitais filantrópicos em Mato Grosso.
Para o diretor da Santa Casa, sem ajuda do governo fica difícil manter atendimento nas unidades. “Sem o imposto fica difícil de a gente continuar tocando como deve ser tocado os hospitais, o hospital filantrópico para viver bem tem que ter 60% do seus leitos destinados ao SUS e 40% particular, os hospitais de Mato Grosso, nenhum tem essa proporcionalidade. A Santa Casa tem 18%, Hospital Geral tem 2%, então quer dizer, não tem praticamente leitos particulares envolvidos que esse 40% o lucro que em tese poderia vir daí, cobriria o déficit do SUS” destacou.
Preza afirmou que as unidades já paralisaram os atendimentos nas cirurgias que não são urgência e emergência, e também a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). A próxima paralisação, segundo o diretor, será nas maternidades do Hospital Geral e a pediatria da Santa Casa.
Por outro lado, o governador afirmou à imprensa, no período da manhã também de quarta-feira (16), em Várzea Grande, que a ameaça de fechar as portas impede o governo de negociar. Taques afirmou que os hospitais estavam ameaçando fechar as portas e com "ameaças, o governo não trabalha".
Ele ainda foi taxativo, que o Estado não tem obrigação legal de repassar recursos aos Hospitais Filantrópicos e deixar de atender as demandas dos Hospitais do Estado. Segundo o governador, não há, inclusive, amparo constitucional para este repasse de recursos às entidades filantrópicas. le disse ainda, que é preciso ques estes hospitais abram as planilhas de custos para a sociedade.
Apesar dos desentendimentos, o governador Pedro Taques (PSDB) vai receber os representantes dos hospitais filantrópicos nesta quinta-feira (17), às 18 horas, no Palácio Paiaguás.
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