“Justiça é Justiça. A gente não sabe. Já dizia um velho ditado popular que mão de juiz, saco de urna e bunda de criança ninguém sabe o que vem”, disse o deputado estadual Júlio Campos (União) ao ser questionado sobre a audiência que pode cassar a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti, e o vice Tião da Zaeli, ambos PL.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que apura suposto abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação, tramita sob segredo de Justiça na 20ª Zona Eleitoral. A sessão de audiência está marcada para esta quinta-feira (02.10), às 13h30, no Fórum de Várzea Grande, com possibilidade de participação híbrida pela plataforma Microsoft Teams.
Leia matéria relacionada - Juiz marca audiência e obriga testemunhas a comparecer em ação que pode cassar prefeita de VG
Campos disse acreditar que o Judiciário analisará o caso com serenidade. “O juiz titular se licenciou e um novo magistrado, juiz eleitoral, José Mauro Nagib Jorge, assumiu a vara. Ele resolveu colocar o processo em pauta e vai julgar de acordo com sua consciência e com os fatos apurados”, declarou.
O parlamentar disse não ter conhecimento detalhado do processo, mas ressaltou que as acusações envolvem supostas fake news na eleição passada. “O Tribunal Superior Eleitoral já confirmou multa aplicada à candidata do PL. Agora caberá ao juiz local dar encaminhamento ao processo”, observou.
Questionado sobre uma eventual cassação, Júlio Campos lembrou que o município acumula histórico de prefeitos afastados. “Se, Deus o livre, ocorrer nova cassação, a cidade já tem um histórico complicado. Desde 1949, quando o primeiro prefeito eleito, Miguel Leite da Costa, foi cassado, outros gestores também perderam o cargo, como Murilo Domingos e Wallace Guimarães. Isso gera descontinuidade e prejudica o município”, afirmou.
Apesar disso, ele disse acreditar que Flávia Moretti está “bem assessorada juridicamente” e reforçou que caberá ao tribunal decidir o futuro do mandato. Se a Justiça confirmar a cassação, a lei prevê nova eleição em até 60 dias.
Leia também - Manifestantes filmados não terão lote urbanizado, diz Abilio
Siga o Instagram do VGN: (CLIQUE AQUI).
Participe do Canal do VGN e fique bem informado: (CLIQUE AQUI).