O vereador Demilson Nogueira (Progressistas) e a vereadora Edna Sampaio (PT) se desentenderam na sessão ordinária desta terça-feira (20.05), após o representante do movimento social de reintegração de pessoas atingidas pela hanseníase, João Vitor, deixar o tema da Tribuna Livre para “votar contra” a moção de aplausos concedida aos policiais envolvidos na operação policial ocorrida na Favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, que vitimou 28 moradores.
“Tenho também mais um ponto: como cuiabano eu peço licença aos senhores para manifestar aqui o meu voto simbólico referente a moção de aplausos que teve na votação de quinta passada: sou a favor da Justiça, sou contra a execução e a pena de morte, sou a favor da aplicação da lei e na ressocialização do indivíduo”, disse João, quando foi interrompido pelo vereador Demilson: “Não cabe ao convidado manifestar sobre o posicionamento da Casa.”
Contudo, João Vitor insistiu: “O meu voto é não”, sendo novamente interrompido: "Nesta casa você não vota”, reclamou o parlamentar.
A situação foi controlada pelo vereador Kássio Coelho (Patriota) que no momento presidia a sessão. Momentos depois, Demilson Nogueira, ao conseguir a palavra citou artigo 119 do Regimento Interno da Câmara que regulamenta o uso da Tribuna Livre. Ele enfatizou que o espaço deve ser usado para tratar de assuntos de interesse público.
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“O convidado vir aqui externar a sua posição ideológica não atinge interesse público, então a minha intervenção, na fala é para que a Tribuna Livre não seja usada para fins ideológicos, mas para tratar de interesse de toda sociedade. A tribuna Livre tem que estar à disposição do cidadão sim, agora por ideologia vai expor aqui dentro quem tem voto, quem foi votado, o vereador sim, ele pode expor o que pensa, ele fala o que ele pensa”, esbravejou o vereador.
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Entretanto, Edna Sampaio (PT) pediu a palavra para defender seu convidado: “Eu quero aqui dizer que nós vivemos em uma Democracia, não há nenhuma restrição para que os nossos convidados falem o que quer que seja, dentro da sua opinião, esta é a Casa do Povo. O João Vitor é um jovem que acredita na política. Que mensagem esta Casa pode deixar a um jovem como esse que vindo pela primeira vez aqui é bombardeado na tentativa de interditar a sua fala”, encerrou.
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