O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), justificou a decisão de extinguir a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), destacando a ineficácia histórica do órgão em resolver problemas como a exploração ilegal de garimpo.
Ele ressaltou que os garimpos ilegais são uma problemática que persiste há décadas e que a existência ou não da Metamat não alteraria essa realidade.
“Garimpos ilegais em Mato Grosso existem há 30, 40 anos, e a Metamat também. Se ela produzisse resultado, nós não teríamos centenas de garimpos ilegais, ou talvez milhares, que existiram ao longo desses anos”, afirmou Mendes, em entrevista nesta segunda (09.12), ao defender a irreversibilidade da medida.
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No último final de semana, uma propriedade rural na região de Vila Bela foi interditada devido à exploração ilegal de garimpo, com a apreensão de aproximadamente 20 máquinas. Ao ser questionado sobre o caso, e se mesmo diante da situação ele pretende manter a extinção do órgão, Mendes disse que não há relação entre a existência da Metamat e o enfrentamento ao garimpo ilegal, uma vez que, segundo ele, o órgão nunca foi capaz de impedir ou reduzir a atividade irregular no Estado.
Segundo Mendes, a extinção da Metamat não está relacionada ao aumento de garimpos ilegais no Estado. “A Metamat está sendo extinta porque não alcançou os objetivos idealizados e não produzia resultados. A decisão é irreversível e já está sendo executada dentro do planejamento previsto por lei”, explicou o governador.
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Sobre o combate ao garimpo ilegal, Mendes destacou que o problema não se resolve com a manutenção de um órgão como a Metamat, mas com uma atuação coordenada entre o governo e órgãos de fiscalização.
O governo estadual justificou a extinção da Metamat como uma medida para otimizar a gestão de recursos públicos. Suas atribuições serão incorporadas à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), sob a responsabilidade do secretário César Miranda.
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