O então governador Blairo Maggi foi avisado em 2004 quem era Eder Moraes, mas, preferiu ignorar as informações e nomeou Eder na MT Fomento em sua primeira gestão como governador do Estado.
Eder Moraes começou no governo Maggi como “renegociador” da dívida do Estado -, em seguida, foi nomeado presidente da MT Fomento. E daí em diante, começou sua ascensão no governo de Blairo Maggi, que chegou a ser considerado “supersecretário” ou "homem forte do governo Maggi".
À época, o então motorista de Luiz Antônio Pagot, falecido Armando, irmão da ex-chefe de gabinete de Blairo, Generosa, conhecida como Gê, entregou um dossiê para o secretário da Casa Militar, à época, coronel Valter de Fátima, relatando todos os casos envolvendo Eder Moraes. Valter apurou as denúncias, constatou que eram verídicas, desde o desfalque no BiCBANCO até um “calote” no falecido desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Ernani Vieira, que não quis tornar público, conforme constava no dossiê.
Logo após as investigações, o secretário da Casa Militar entregou o dossiê ao chefe de Gabinete de Blairo Maggi, também à época, Eumar Novacki e a denúncia não deu em nada, pelo contrário, algumas pessoas foram perseguidas por conta deste episódio, inclusive, o coronel Valter de Fátima, que no final de 2004 deixou o governo, e era ignorado por Eder.
Hoje, o choro de Blairo Maggi por ter se envolvido com Eder Moraes é fruto de uma escolha que fez no passado. Deixou de acreditar em pessoas simples, porém honestas e preocupadas com o governo que preconizava “novos paradigmas” na gestão pública.
Blairo Maggi não “ouviu os ruídos da rua”, hoje tem seu nome e sua imagem exposta de maneira vergonhosa, para quem no início da vida pública almejava o ápice da política “a Presidência da República”.
O choro de Blairo Maggi por ter se envolvido com Eder Moraes foi relatado pelo ex-governador Silval Barbosa, em sua delação, à Procuradoria Geral da República.
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